O meu filho está com pintinhas e no Infantário há a Doença  mão-pé-boca – O que é isso? 

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A Doença mão-pé-boca é causada por um vírus chamado Coxsackie da família do Enterovírus. Esta doença manifesta-se habitualmente entre os meses de Verão e Outono. É uma doença comum e normalmente de pouca gravidade podendo afetar crianças de todas as idades e até mesmo os adultos.
Como ocorre a transmissão?
Pode transmitir-se através do contacto com os fluidos corporais: saliva, secreções respiratórias (tosse), pelo líquido das lesões da pele ou através das fezes. Os sintomas começam 3-5 dias após o contacto.

Quais os sintomas? 
O sintoma mais característico desta doença são umas pequenas manchas vermelhas (máculas e pápulas) que depois evoluem para bolhas com líquido (vesículas) localizadas preferencialmente nos pés, mãos (incluindo palmas e plantas) e à volta da boca. Outras partes do corpo afetadas podem ser também nádegas, região genital, braços e pernas. Estas lesões geralmente não causam comichão, dor ou desconforto, embora em alguns casos, a criança se possa queixar destes sintomas associados.
Podem também aparecer lesões na língua e interior da boca, como aftas que são habitualmente bastante dolorosas sendo frequente as crianças apresentarem alguma recusa alimentar, por dor ao mastigar e engolir os alimentos. Os bebés e crianças mais pequenas podem babar-se com mais frequência.
A quantidade destas lesões e a sua distribuição pode variar em cada criança.
Outros sintomas frequentes são:
Febre – muitas vezes é o primeiro sintoma a surgir.
Dor de garganta.
Perda de apetite.
Mal-estar.
Irritabilidade em bebés e crianças mais novas.
Após a primeira semana da doença, as unhas podem descolar (onicomadese), mas esta é uma condição reversível e as unhas voltam a crescer.
Apesar de poder ser uma doença incomodativa, habitualmente não causa complicações. No entanto as lesões dentro da boca podem ser bastante dolorosas e em alguns casos podem levar à recusa alimentar total, nomeadamente de líquidos, o que pode levar à desidratação sendo esta a complicação mais comum.

Como se diagnostica esta doença?
O diagnóstico é feito principalmente com base nos sintomas e na história da doença, não sendo habitualmente necessário realizar quaisquer exames de diagnóstico.

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Como se trata esta doença? 
Habitualmente as crianças recuperam completamente em 7 a 10 dias e, tal como em muitos outros vírus, não é necessário nenhum tratamento específico.
Podemos e devemos aliviar o desconforto da criança:
– Dar medicação para a febre e para a dor.
– Medicação para a comichão.
– Medicamentos tópicos disponíveis em gel ou spray bucal para aliviar o desconforto e facilitar a alimentação.
–  Oferecer dieta mole e pouco condimentada.
– Se necessário bebidas e dieta fria – o frio ajuda com a dor.
Além destas medidas é essencial assegurar que são oferecidos líquidos em quantidade suficiente para manter um estado de hidratação adequado.

O meu filho pode voltar a ter esta doença? 
Esta doença não garante imunidade, ou seja, pode aparecer mais do que uma vez em cada criança.

Como prevenir o contágio? 
O vírus é mais contagioso na primeira semana de doença, mas pode ser eliminado nas fezes das crianças durante algumas semanas. A medida mais eficaz para a prevenção do contágio é lavar bem as mãos com água e sabão, especialmente depois da muda da fralda, de usar a casa de banho, espirrar ou tossir.
Outras medidas:
Evitar tocar nos olhos, nariz e boca sem lavar primeiro as mãos;
Manter limpas e desinfetadas as superfícies, objetos e brinquedos tocados por crianças ou outras pessoas infetadas;
Evitar partilha de objetos e contacto próximo desnecessário com pessoas infetadas.

Quando é que o meu filho pode voltar à escola?
Quando estiver sem febre há pelo menos 24h, bem-disposto e conseguir alimentar-se adequadamente.

Inês Menezes ,
Helena Machado Sousa,
Vaneza Sichel,
Carolina Oliveira,
Madalena Sassetti

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