Antigos armazéns do vinho de A-da-Gorda vão dar uma nova centralidade à aldeia

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A presidente da CCDR Centro, Ana Abrunhosa, e o presidente da Câmara, Humberto Marques, visitaram a intervenção nos antigos armazéns de vinho de A-da-Gorda

Desactivados há vários anos, os antigos armazéns de vinho de A-da-Gorda estão a ser requalificados com o objectivo de acolher um espaço de trabalho colaborativo, auditório e espaço de ensaios e concertos da União Filarmónica local. 
O projeto pretende dar uma nova centralidade à aldeia e ligar-se ao centro histórico de Óbidos através de mobilidade urbana suave.

O projecto do arquitecto Jorge Sousa Santos prevê a existência de um auditório multiusos, áreas de trabalho, loja e cafetaria.

Os depósitos de vinho e outras dependências do complexo agro-industrial vinícola de A-da-Gorda estão a ser transformados em salas amplas e num auditório multiusos, que permitirá a realização de espectáculos e de ensaios para a banda da União Filarmónica de A-da-Gorda.
Está também a ser criada uma área de trabalho, onde serão construídos laboratórios de desenvolvimento de produtos, sobretudo ligados à gastronomia e agricultura, como é o caso de compotas e azeites. Os antigos depósitos serão usados como elemento visual e o lagar como elemento identitário.
O projecto é do arquitecto Jorge Sousa Santos que pretende colocar dois  alambiques a funcionar na zona do laboratório, um para licores e outro para essências.
Está também prevista uma loja e cafetaria, assim como um espaço de trabalho colaborativo.
Um outro edifício será usado para residência comunitária, com quatro suites, para convidados que venham participar em projectos. Existe ainda uma sala interior e outra exterior, que permite a vista para o castelo.
A obra, propriedade da Câmara, é orçada em 1,063 milhões de euros (apoiada a 85% por fundos comunitários) e tem por objectivo dar uma nova centralidade à aldeia. No passado dia 7 de Março foi visitada pela presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR Centro), Ana Abrunhosa, juntamente com o presidente da Câmara de Óbidos, Humberto Marques, que destacou que nos próximos anos pretendem ligar estes territórios ao centro histórico de Óbidos através de mobilidade urbana suave, potenciando o uso de bicicletas eléctricas e de caminhos pedonais em detrimento do automóvel.
Para além de possibilitar o trabalho colaborativo e promover o associativismo local, este projecto “irá mudar a vivência deste centro urbano e deitar abaixo algumas barreiras que existem e que vão permitir novas centralidades fora das muralhas”, referiu a responsável da CCDR Centro em nota de imprensa.
Humberto Marques salienta que este é um projecto de descarbonização, que faz a ligação do centro do concelho com o resto do território em mobilidade suave. “As pessoas podem fazer o seu dia-a-dia sem recorrer a viatura própria, ou viatura de combustão pública”, exemplifica.