Cardeal patriarca presidiu a missa da reabertura da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo

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O cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, presidiu à missa solene de reabertura

Missa volta a ser celebrada diariamente no templo, que é Monumento Nacional e que esteve dois anos fechado para obras de conservação e restauro

“Conheço muito bem esta igreja mas nunca a vi tão bonita”, começou por dizer D. José Clemente, o cardeal patriarca de Lisboa, que presidiu à missa solene de reabertura da Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, na manhã de 15 de maio. Perante um templo completamente lotado, e na presença de diversas entidades locais, D. José Clemente destacou a circunstância do feriado municipal estar ligado à reabertura da igreja e lembrou que as Caldas nasceu da caridade e beleza. “Caridade por que nasce das termas, que foram evoluindo até à realidade hospitalar que até hoje desenvolve, e beleza por causa deste monumento, agora recuperado”, concretizou.
A celebração foi acompanhada pelo Grupo Coral da Casa do Pessoal do Hospital das Caldas da Rainha e também pelo mestre organeiro, António Simões, que tocou no órgão seiscentista (cuja intervenção está na fase final), que se encontra no coro alto.

O Duo Angelicus, composto por Filipa Lopes (soprano) e Emanuela Nicoli (harpa) deu um concerto de música sacra

A igreja pôde ser visitada durante todo o dia e, ao final da tarde, recebeu um concerto de música sacra, com o Duo Angelicus, composto por Filipa Lopes (soprano) e Emanuela Nicoli (harpa). No mesmo dia foi inaugurada uma exposição de fotografias e desenhos dos alunos da ESAD CR e do Agrupamento de Escolas Raul Proença, no Museu do Hospital e das Caldas.
Desde terça-feira que foi retomada a missa, diariamente, naquele templo, mandado construir pela Rainha D. Leonor junto ao edifício do Hospital Termal.

Investimento de meio milhão

As obras contemplaram a limpeza da estrutura do edifício, restauro das esculturas de madeira, altares laterais, o altar-mor, o órgão de tubos, os bancos da igreja e outros bens móveis

A Igreja de Nossa Senhora do Pópulo reabriu após as obras de restauro e conservação, um investimento de cerca de 500 mil euros, financiados no âmbito de protocolo celebrado entre a Direção-Geral do Património Cultural, o município caldense e o CHO. A conservação contemplou trabalhos de limpeza da estrutura do edifício, tendo sido ainda restauradas esculturas de madeira, altares laterais, o altar-mor, a pia batismal, o órgão de tubos, os bancos da igreja e outros bens móveis. Elsa Baião, presidente do conselho de administração do CHO, destaca o trabalho efetuado e realça que, apesar de fazer parte do património do centro hospitalar, a igreja “é da comunidade” e o objetivo é que “possa ser usufruída por todos”. Também o presidente da Câmara, Vítor Marques, valorizou a reabertura ao público da igreja, “pela sua importância histórica e cultural”. O autarca lembrou que aquele importante imóvel faz parte do património termal da cidade e do património cultural do concelho, tendo sido classificado como Monumento Nacional em 1911. ■