Confraria da Nazaré acolhe jovens refugiados

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Nuno Batalha diz que a instituição sente uma “grande responsabilidade” por receber este grupo | DR
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Os primeiros 11 jovens refugiados do grupo de meia centena que a Confraria receberá já foram às aulas esta semana

A Confraria de Nossa Senhora da Nazaré já recebeu os primeiros 11 jovens refugiados não acompanhados. Com idades entre os 15 e os 17 anos, são naturais do Afeganistão e Paquistão e estavam no campo de Lesbos (Grécia).
No total serão acolhidos pela instituição 50 jovens ao longo de 22 meses que dura o programa de recolocação voluntária.
“Será mais um desafio para a Confraria. Ficámos muito contentes e orgulhosos por, entre cerca de 70 candidaturas, a tutela nos ter escolhido”, afirmou Nuno Batalha, presidente da Mesa Administrativa da Confraria. É que apenas cinco instituições foram seleßcionadas para receber os 500 refugiados que o país se propôs a acolher.
“É uma grande responsabilidade”, disse o dirigente, fazendo notar que é também um reconhecimento do trabalho desenvolvido com as cinco famílias de refugiados sírios que a Confraria já recebeu, mas também no Centro de Acolhimento Temporário para Crianças e Jovens em Risco.

Foi criado um novo centro de acolhimento temporário com capacidade para 13 jovens

A entidade criou um centro de acolhimento para estes jovens. A casa está preparada para receber 13 jovens de cada vez, por períodos entre os três e os seis meses.
Esta semana, os jovens já tiveram os primeiros dias na escola, no Agrupamento de Escolas de Cister.
A Confraria tem uma equipa de 13 funcionários (10 técnicos), que é complementada por uma estrutura já existente. No total serão cerca de 20 pessoas.
Nuno Batalha admitiu ainda que se vivem “tempos difíceis e diferentes”, dizendo que a instituição tem conseguido travar esta luta. “Tem diminuído brutalmente a receita, que também depende do turismo para injetar na parte social e na saúde”, afirmou o responsável, acrescentando que, por outro lado, “a despesa tem crescido”, com o aumento dos recursos humanos e a necessidade de adquirir equipamentos de proteção individual.

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