Consenso em torno da regeneração urbana

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Avenida da independencia

Vasco Oliveira, presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, e João Frade, presidente da associação de comerciantes, estão de acordo quanto ao projecto de regeneração urbana que irá mudar a face da cidade.
O presidente da Junta de Freguesia de Nossa Senhora do Pópulo, Vasco Oliveira, está “muito satisfeito” com o projecto de intervenção que será feita na cidade ao nível da regeneração urbana e que terá um investimento de 10 milhões de euros.
Referindo-se ao parque subterrâneo previsto para a Praça 25 de Abril, o autarca lembra que há 15 anos que esta obra está prevista no plano de actividades deste executivo. Vasco Oliveira defende a existência de uma fonte luminosa naquela praça, lembrando que as Caldas é uma cidade termal e que não existe nesta freguesia um símbolo dessa identidade.

Para a Praça da República é mais ambicioso e quer uma intervenção maior. Considera que o ex-libris da cidade deve ter um parque subterrâneo que permita o estacionamento dos veículos dos vendedores e pessoas que ali fazem as suas compras. O autarca defende também uma zona de passagem subterrânea a começar junto à Rua Emídio Jesus Coelho, compreendendo toda a extensão da praça que estenderá o empedramento até ao passeio da Rua General Queirós.
“Poderiam fazer-se esplanadas para dar uma outra vida aquele espaço, a partir das 16 horas, que faz parte do perímetro da zona histórica da cidade”, disse, acrescentando que  também a criação da Loja do Turismo nas antigas instalações da PSP irá dar outra dinâmica à zona.
“Somos uma terra termal e turística e há muita gente que aqui vem [à Junta de Freguesia] à procura do Posto de Turismo”, declarou, defendendo a existência de um espaço que possibilite a permanência de artesãos a trabalhar ao vivo e a divulgar a  sua cerâmica e doçaria, a par da prestação de informações a quem visita a cidade.
O autarca tinha previsto apresentar na passada quarta-feira a ideia que tem para a Praça da Fruta numa reunião entre o executivo da Junta e o presidente da Câmara. “Se for possível integrar muito bem, senão continua no nosso plano de actividades”, disse à Gazeta das Caldas.
Relativamente às transformações de que serão alvo as avenidas 1º de Maio e da Independência Nacional, Vasco Oliveira diz que se trata de outro dos projectos que vai de encontro ao previsto no seu plano de actividades. Está confiante que no futuro a Linha do Oeste será requalificada e “quem chega de comboio vê uma avenida toda ela tratada, verdejante e com boas condições para os peões”.
Destaca ainda a rotunda a construir em frente à estação da CP e que permitirá um possível alargamento, no futuro, da Rua da Estação. O autarca já apresentou a proposta de alargamento da via na Câmara e na Assembleia Municipal e adianta que bastariam “quatro metros que a Câmara conseguisse negociar com Refer e permitiria fazer ali uma rua com dois sentidos”.
COMERCIANTES DERAM SUGESTÔES

Também o presidente da ACCCRO, João Frade, é da opinião que as obras previstas serão benéficas para a cidade. Estas “permitirão o aumento dos passeios, criam mais condições de mobilidade e regulam o trânsito” disse o responsável.
João Frade destacou ainda o facto desta intervenção permitir a recuperação de equipamentos devolutos, como a antiga esquadra da PSP ou o edifício contíguo ao Mercado do Peixe, onde actualmente são feitas algumas exposições do Atelier Arte e Expressão, na Rua Capitão Filipe de Sousa.
Por outro lado, preocupa-o a supressão de algum estacionamento e o aspecto de obra que traz transtorno ao comércio.
“No final das obras a cidade terá maior capacidade para atrair pessoas”, resume João Frade.
O presidente da ACCCRO lembra que esta associação, antes da realização dos projectos, escreveu uma carta a pedir sugestões aos comerciantes. Foram os das Ruas de Camões e Leão Azedo quem apresentou mais propostas que, segundo o responsável, foram tidas em conta neste plano.