Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro vai pagar 78 mil euros por mês à Parque Escolar

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notícias das CaldasDepois do investimento de 9,8 milhões de euros de que foi alvo, a Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro tem hoje condições e equipamentos ao nível do que há de melhor na Europa.
A intervenção foi da responsabilidade da empresa Parque Escolar, mas agora a escola terá de pagar a esta entidade uma renda mensal de 78mil euros por mês (valor que inclui o IVA) que, obviamente, virá do próprio orçamento do Ministério da Educação. Isto é, o Estado paga ao Estado, neste caso do ministério para a empresa pública Parque Escolar.
Entre as melhorias agora introduzidas destacam-se, por exemplo, o ar condicionado e vários equipamentos informáticos e pedagógicos, mas o director da escola, António Veiga já disse que estes terão que ser usados com conta peso e medida para não fazer disparar os custos.

O valor da empreitada de requalificação da Escola Secundária de Rafael Bordalo Pinheiro foi de cerca 9,8 milhões de euros e desde o início deste ano lectivo que o estabelecimento escolar já está em pleno uso pela comunidade educativa. A obra deverá ser formalmente entregue “nas próximas semanas”, informou Paula  Sanchez, do gabinete de comunicação da Parque Escolar.
Neste momento decorrem “os últimos testes e afinações antes de a escola ser formalmente entregue”, disse a mesma responsável.
A empreitada de construção foi objecto de prorrogação de prazo devido à insolvência de um dos empreiteiros, o que levou a que as obras se prolongassem por mais alguns meses, dado que deveria ter ficado tudo concluído no passado mês de Julho.
No âmbito do Contrato-Programa estabelecido entre a Parque Escolar EPE e o Estado está previsto o pagamento de uma renda pelas escolas, cuja intervenção de modernização e requalificação esteja concluída. No caso da Secundária Rafael Bordalo Pinheiro este valor cifra-se em 64.090 euros por mês verba que será transferida pelo Ministério da Educação e Ciência para as escolas requalificadas.
Este valor foi calculado tendo em atenção a área física da escola, pois foi efectuado o cálculo do valor da renda tendo em conta o preço de 1,65 euros por metro quadrado.
O valor em causa “é transferido para cada escola requalificada pelo Ministério da Educação”, disse a mesma responsável.
Ainda segundo Paula Sanchez, em todas as escolas intervencionadas pela Parque Escolar “foram introduzidos factores de conforto comuns, que obedecem às exigências legais nacionais e comunitárias”. Por imperativos legais, as escolas passaram a ter “sistemas de climatização, retroprojectores, quadros interactivos e um parque informático que abrange todas as salas de aulas, entre muitos outros equipamentos que, até agora, eram inexistentes”.
Será também a curto prazo – dentro das  próximas semanas  – que ficará concluída a Gestão Técnica de Consumos na Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, “o que permitirá a monitorização em permanência dos consumos, contribuindo assim para a melhoria do desempenho energético”.
Questionado pela Gazeta das Caldas, o director António Veiga reconheceu que “os custos energéticos vão aumentar e por isso exigirão uma atenção redobrada na gestão para a tornar equilibrada e eficaz”. A factura da energia eléctrica será agora mais do dobro do que antes da modernização, pelo que foi pedido um reforço financeiro ao Ministério da Educação ao mesmo tempo que não é de excluir o desligamento de algumas valências energéticas da escola, pelo menos nos meses em que a temperatura é mais amena.
Com a remodelação e as mudanças nas entradas, a área da escola tornou-se “maior” e o ideal seria poder contar com mais pessoal auxiliar de educação. O director diz que “era bom ter mais gente, mas temos que trabalhar com o pessoal que temos, um bom grupo de profissionais que muitas vezes se dedica à escola para alem do exigível”.
O Programa de Modernização das Escolas com Ensino Secundário, foi lançado em 2007 e desenvolvido pela Parque Escolar durante o mandato de Sócrates. O novo governo colocou em causa a continuidade desta empresa, mas já foi decidido que esta empresa pública se manterá. O seu orçamento para 2012 é de 508 milhões de euros.

 

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