Primeira edição da iniciativa encheu o pavilhão no passado fim-de-semana
No passado fim-de-semana, a Expoeste recebeu uma feira da bagageira indoor, um conceito que atraiu dezenas de vendedores e centenas de compradores.
No interior do pavilhão de exposições, os cerca de 10 mil metros quadrados estão ocupados com carros e carrinhas, de bagageira aberta e com as bancas montadas no seguimento das viaturas. Há de tudo um pouco, de móveis a roupas, passando por antiguidades e peças utilitárias e decorativas, entre outras. O evento tinha entrada gratuita e decorria durante todo o dia.
Isabel Esteves, que veio da praia da Areia Branca (Lourinhã), costuma vender na feira de velharias no Parque D. Carlos I, pelo que, quando ouviu falar desta iniciativa, fez questão de participar.
“Convidaram-me e gosto muito destas feiras”, resumiu. Para a lourinhanense, a primeira edição do evento estava “razoável, bem organizada, com espaço entre as bancas, estão de parabéns”. Atendendo ao contexto de pandemia, Isabel Esteves nem esperava que aparecessem tantos clientes. “Vendeu-se bem, não me posso queixar!”, exclamou, deixando um repto: “que repitam esta feira, por exemplo uma vez por mês”.
Essa foi uma ideia que Anabela e Ivo Grilo também defenderam. Mãe e filho vieram de Sintra para este evento.
“Temos uma casa no Foz do Arelho e fazemos feiras há 26 anos, inicialmente com artesanato e depois com antiguidades”, explicou Anabela Grilo. “Para a primeira vez está a ser muito bom, foi uma ótima ideia”, disse Ivo Grilo. “As pessoas não estão ao frio e à chuva, porque sofremos muito com isso nas feiras”, acrescentou Anabela. Ao nível do público, também se confessou surpreendida. “Está a vender-se bem”.
Por sua vez, Maria Marques, que veio da Venda do Natário apenas no domingo, queixou-se da falta de público e de negócio, mas elogiou a organização.
Clientes também satisfeitos
À saída da feira falamos com Jerre Silva, que mora nas Caldas, e que veio com a família à procura de um móvel. “Houvi dizer que aqui havia móveis bonitos e vim ver”, conta, esclarecendo que havia encontrado o que procurava. “E até mais!”, brincou. Achou a feira “muito diversificada, com vários produtos e bem organizada”, analisou, salientando que não esperava ver tanta gente. “Poderia ter mais espaços de alimentação, mas está muito bem”, concluiu.
António Marques, da Expoeste, prevê que o evento se possa voltar a realizar, eventualmente no final do Outono ou no Inverno, aproveitando o facto de ser indoor. O mesmo responsável salientou a importância da reutilização dos produtos, não implicando a necessidade de voltar a produzir o que já existe. ■