“Não irei voltar a Portugal com intenções de estabelecer uma vida, mas também não sinto necessidade de ficar nos Estados Unidos”

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MichaelCostaEUA
Michael Costa
20 anos
Bronxville (EUA); viveu nas Caldas da Rainha
Danbury– EUA
Estudante na Western Connecticut State University e estagiário numa empresa
Percurso escolar: Escola do Bairro da Ponte, Escola Técnica Empresarial do Oeste (ETEO), Naugatuck Valley Community College, Western Connecticut State University.

 
Do que mais gosta do país onde vive?
Das oportunidades que me estão disponíveis se as procurar e trabalhar para as obter.

O que menos aprecia?
Os custos necessários para poder frequentar a universidade. Entre as aulas e os livros, cada semestre chega a custar milhares de dólares.

De que é que tem mais saudades de Portugal?
Da minha família. O valor de uma família é mais evidente quando se está separado dela. Ademais, acho “humoroso” que foi preciso deixar Portugal para conseguir compreender e apreciar um dos seus produtos culturais – o Fado. Por fim, sinto falta de uma praia com boas condições a uma distância razoável. Dado que não vivo na costa, o acesso a uma praia é mais difícil, e as melhores praias requerem custos de acesso durante o verão.

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A sua vida vai continuar por aí ou espera regressar?
Apesar de ter pouco conhecimento do estado económico português, eu compreendo o suficiente para saber que não irei voltar com intenções de estabelecer uma vida. Se no futuro tiver a possibilidade, gostaria de visitar. Ao mesmo tempo, não sinto nenhuma necessidade de ficar nos Estados Unidos. Eu vou para onde posso realizar o que quero da minha vida.
“A diversidade cultural leva-me a ver os Estados Unidos mais como um fórum de culturas do que um país”
Actualmente, estou a tirar um bacharel em Ciência de Computação na Western Connecticut State University e a estagiar em Branson Ultrasonics, onde tenho tido a oportunidade de desenvolver projectos na minha área de interesse. Vou de carro para ambos – o estágio e a universidade -, mas quando tenho tempo, gosto de andar até à biblioteca universitária.
Passo a maioria do meu tempo na universidade, no trabalho, ou em casa, tendo pouco tempo para mais do que isso.
Onde vivo, tenho acesso a vários supermercados. Os preços variam bastante, mas o que preciso encontro a preços razoáveis. No entanto, acho caras as rendas de casa, que podem chegar a preços superiores a mil dólares, sendo também habitual ter que dar dois ou três meses adiantados.
Em Danbury existe uma notável variedade étnica, incluindo portugueses, brasileiros, e indivíduos de vários países da América do Sul e Central, e da Ásia. Esta diversidade leva-me a ver os Estados Unidos mais como um fórum de culturas do que um país. Agora com o Inverno a aproximar, estou a preparar-me para a neve e o frio, e todas as dificuldades que os acompanham. Contudo, estou num sitio onde tenho a oportunidade de melhorar a minha vida, mas ao preço de ter que enfrentar vários obstáculos pessoais, sociais, (e o Inverno) que, até agora, tenho conseguido ultrapassar.

Michael Ferreira da Costa

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