Street Food Festival superou as expectativas

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Entre os dias 5 e 8 de Dezembro, a Avenida 1º de Maio encheu-se de gente que quis vir saborear comida de vários pontos do mundo ao Street Food Festival. As melhores expectativas foram superadas segundo a organização com um recorde de participação de cerca de 25 mil pessoas no sábado, 7 de Dezembro. E nem a chuva miudinha que resolveu cair no domingo impediu que tivessem sido servidos almoços e jantares no último dia do evento. O Street Food Festival regressará no primeiro fim de semana de Dezembro de 2020.

Em vez de 18 estiveram este ano na Avenida 23 carros de Street Food com iguarias e sabores de terras argentinas, mexicanas, brasileiras e portuguesas (salgadas e doces). Esta foi a 5ª edição do festival de food trucks e que este ano teve como novidade, a comida tailandesa da Dee Thai Food Truck.
Durante os quatro dias do evento foram usados os copos da Frutos que poderiam ser adquiridos em qualquer dos carros com um custo de 50 cêntimos. O mesmo copo servia para utilizar e ser “reabastecido” em todos os espaços, evitando assim o uso de outros copos de plástico.
Foi também aumentado o número de lugares sentados nas esplanadas que passaram de 140 para 320 e com algumas zonas cobertas, permitindo algum resguardo. “Estamos muitos satisfeitos com a adesão das famílias ao evento”, disse Maria João Botas, a responsável pela Associação de Street Food, que trabalha em parceria com a Câmara das Caldas para a realização deste evento dedicado à comida de rua.
Ao longo dos quatro dias houve algumas actuações musicais e animação circense – elementos com andas e cuspidores de fogo – que deram nova vida ao centro da cidade.

Estreias e “veteranos”

Em termos de participantes no festival não será possível aumentar o número de participantes. “Todos os anos trazemos estreias”, disse a organizadora, referindo não só a vinda da comida tailandesa, como dum carro de pizza proveniente do Algarve. Marcaram também presença a cerveja artesanal Musa e alguns doces que se juntaram a algumas propostas âncoras que Maria João Botas classifica como “veteranos” da iniciativa. Além de comida vegetariana, do churrasco brasileiro podiam provar-se também cachorros típicos de Vera Cruz e que levam ingredientes menos habituais como puré.
Para não coincidir com a Corrida pela Vida, o Street Food Festival de 2020 vai passar a realizar-se no primeiro fim de semana de Dezembro em vez de ser no segundo, como até agora. “Este evento foi sempre com a ideia de promover a cidade e que tem colocado a cidade na boca do mundo, a nível europeu e até nos EUA”, disse Maria João Botas.
A Câmara das Caldas investiu cerca de 12 mil euros nesta iniciativa que recaiu nas áreas da animação e da segurança onde o custo é maior.

Pizzas, massa tailandesa e codorniz

Ruben Borges e Paulo Viana vieram com a sua carrinha de pizza para participar no evento caldense pela primeira vez. “Está a correr bem, este é o nosso primeiro ano nas Caldas”, disseram os jovens que, além de venderam pizzas, aproveitaram a ocasião para estabelecer contactos e conhecer pessoas. E qual é o segredo das suas pizzas? “Fazemos quase tudo na hora e usamos o máximo de produtos frescos”, disseram os responsáveis, que antes estavam ligados à hotelaria. Vieram de Lagos e têm tido sucesso com as suas propostas que inclui produtos como lombo de porco fumado e alguns queijos italianos. A massa é feita na carrinha, mas segundo explicaram é esticada na hora. Estão há um ano ligados ao Street Food e querem regressar às Caldas no próximo ano.
Sabores on wheels trouxe às Caldas o conceito relacionado com a codorniz – adaptado ao street food – pois com aquele tipo de carne confeccionam bifana, hambúrguer, wrap e perninhas fritas. Segundo Marta Nunes, a novidade deste ano foi o arroz de codorniz com frutos secos. Além do mais também vendem folhado de codorniz. “Estamos a representar a região dado que somos o concelho com a maior produção de codorniz a nível nacional”, disse a responsável que veio com o marido do Bombarral. Ambos explicaram que o que mais sai são as perninhas fritas, o hamburger e bifana mas aos poucos “as pessoas vão experimentando as novidades”.
João Gomes e a sua mulher, Kumploy Burananuwat, vieram pela primeira vez ao evento nas Caldas com a sua carrinha dedicada à comida tailandesa. “O que se vende mais é a massa que é o prato nacional”, referiu o responsável que se dedica ao street food desde 2017 e referiu que da sua carrinha só saem pratos “que nós comeríamos”.
“Os eventos correm sempre bem, pois somos os únicos dedicados aos pratos tailandeses”, referiu, acrescentando que o segredo “é que é tudo feito na altura e até o caril é feito no próprio dia”.