Em abril, estreará uma mostra de cinema português. No CCC haverá novidades e propostas de continuidade
Foi apresentada na segunda-feira, 26 de janeiro, a programação do CCC para 2025 e que, segundo o diretor, Mário Branquinho, “assenta numa lógica de diversidade e que vai ao encontro de vários públicos”. Uma das novidades decorrerá em abril, e será a primeira edição do Intervalos – Encontro e Mostra de Cinema Português das Caldas da Rainha.
“A ideia é destacar o cinema português, exibir filmes e realizar debates”, disse o diretor acrescentando que participarão a autarquia, a Osso, o Cineclube das Caldas e a ESAD.CR.
“Queremos atrair a nata do cinema do país para esta mostra”, disse o responsável. Também haverá atividades das programações que vão assinalar os 150 anos da criação do Zé Povinho, por Rafael Bordalo Pinheiro, e os 500 anos da morte da Rainha D. Leonor.
A programação do CCC apostará no acolhimento de vários espetáculos onde se incluem coproduções, apoio à criação, projetos de serviço educativo, mediação de públicos e três festivais: a Season Impulso, com a Pulsonar Associação, o Festival Internacional de Piano do Oeste e os Dias do Jazz. “Vamos manter a ida do Jazz às escolas, à prisão e ao CEERDL, em parceria com o Conservatório de Música das Caldas”, disse Mário Branquinho.
Está ainda prevista para o início de março, a reabertura do Café-Concerto que já foi adjudicado e “que nos está a fazer muita falta”, referiu o responsável. Continuará a aposta no CCC Fora de Porta Verão que incluirá concertos, cinema, dixie bands, teatro e novo circo. Continuarão também as sessões de cinema quinzenais com uma aposta na cinematografia lusa.
“Furo Lento” de Rui Paixão, um espetáculo que cruza teatro e novo circo, vai decorrer no próximo dia 7 de fevereiro enquanto que “Sophia” pela Gira Sol Azul, terá uma sessão para escolas e outra aberta ao público.
O Teatro da Trindade Inatel apresentará a peça Telhados de Vidro de Dave Hare a 12 de abril com encenação de Marco Medeiros com Benedita Pereira, Diogo Infante e Tomás Taborda. “A Noite”, uma homenagem aos 50 anos do 25 de Abril uma peça baseada no texto de José Saramago e encenada por Paulo Sousa Costa terá lugar a 3 de maio. “Cárcere”, de Vinicius Piedade, uma peça teatral brasileira será apresentada a 15 de novembro. Haverá vários espetáculos do Teatro da Rainha, que continuará a marcar presença no CCC.
“Não só a companhia caldense como os vários grupos que são seus convidados”, disse o diretor que reafirmou a abertura aos projetos locais.
Na música, já no sábado, 1 de fevereiro atuará El Tweanguero, vencedor de um Grammy Latino, enquanto que os Fingertips apresentarão “O Outro Lado da História” a 22 de fevereiro em dois concertos.
A ópera O Elixir do Amor, do Teatro Nacional de São Carlos e da Orquestra Sinfónica Portuguesa será apresentada a 1 de março.
Já o espetáculo comemorativo do 16 de março, vai juntar a Orquestra Ligeira Monte Olivett com a cantora Cláudia Pascoal. Ao longo do ano não vão faltar propostas diferenciadas. Haverá um concerto de Miguel Araújo a 27 de março e um recital de piano com a caldense Patrícia Costa a 28 de março. Ana Bacalhau participará num concerto evocativo do 25 de abril, no dia 24. A 14 de junho realiza-se “Fado À La Carte”, com FF, Tiago Machado e composição de Jorge Mangorrinha.
Entre outras propostas, o CCC recebe Carlos Coutinho Vilhena, com Snob a 16 de fevereiro e Salvador Martinha, que apresenta Aura Super Jovem a dia 8 de março.
Este equipamento reforça o apoio às apresentações das escolas de dança da cidade, ao longo do ano, além de acolher um projeto da Escola Superior de Dança, que resulta de uma parceria que envolve uma parceria com Escola Vocacional de Dança. Estão já previstas várias exposições, a primeira das quais já no sábado, 1 de fevereiro e que marca o início de uma relação com a Galeria Zé dos Bois.
Incluindo os congressos, “passaram pelo CCC cerca de cem mil pessoas”, disse Mário Branquinho. Ao todo, este equipamento caldense – que contou com 22 espetáculos esgotados – procura equilibrar propostas comerciais com outras que se dirigem a vários públicos. “Temos feito um grande esforço na conquista de públicos com parceiros da região”, garantiu o diretor.
A autarquia financia em cerca de 500 mil euros, o que inclui as despesas de funcionamento, programação da animação de verão até à manutenção do próprio edifício. “Acho que é um valor suficiente e creio que este modelo de gestão até deveria ser replicado noutros espaços”, disse o diretor referindo que há também resultados financeiros da bilheteira e dos alugueres dos espaços.
Na sua opinião, a transferência da Câmara Municipal “é suficiente”, apesar de terem aumentado as necessidades com a manutenção. Além do mais, o CCC pretende aumentar o número de mecenas para apoiar os eventos. ■