Na era digital… quem tem competências é Rei!

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Vivemos, hoje, permanentemente conectados. Com meia dúzia de cliques (ou outros tantos toques no ecrã do nosso smartphone), sabemos que tempo vai estar na nossa praia preferida, quais as sugestões do dia do nosso restaurante de eleição, reservamos a viagem e a estadia para as nossas próximas férias, sabemos o que há para fazer no local que escolhemos visitar.
É na Internet, e pela Internet, que mantemos o contacto com os outros, que sabemos o que acontece no mundo e à nossa volta, que ficamos a saber qual o spot da moda, que descobrimos o caminho mais rápido para chegar ao nosso destino… O smartphone tornou-se uma extensão do nosso braço. Os dados móveis, o wi-fi e a bateria tornaram-se necessidades ‘básicas’.
Esta mudança de hábitos trouxe consigo um novo consumidor: mais ávido de novidades, mais volátil, que procura na web a validação das suas escolhas e as opiniões que o ajudarão a tomar uma decisão. Um consumidor muito mais desafiante para as marcas.
A era digital veio derrubar barreiras e esbater fronteiras. E trouxe consigo uma panóplia de plataformas que permitem às empresas e às marcas, com apenas alguns cliques e, sobretudo, pouco investimento, chegar de forma certeira aos seus públicos-alvo e alcançar novos mercados… qualquer que seja a distância.
Nunca, como agora, foi tão fácil comunicar. Nunca, como agora, foi tão fácil chegar ao outro lado do mundo. Tão fácil e tão rápido!
A era digital veio introduzir alterações profundas na forma como se fazem os negócios. E no setor do Turismo esta mudança teve um impacto profundo.
Surgiram novos modelos de negócio. Veja-se o Booking, a maior empresa de alojamento do mundo, sem ter uma única unidade física. O Airbnb ou o HomeAway, onde qualquer pessoa se pode tornar num ‘hoteleiro’.
O ambiente digital ajudou também à desintermediação no setor do Turismo. Trouxe um mundo de novas possibilidades para as empresas, sobretudo as mais pequenas. Qual luta de David e Golias, os pequenos proprietários conseguem hoje ter um contacto direto com clientes de qualquer parte do mundo, disputando a sua preferência com os gigantes.
Bem utilizados, os canais digitais são as mais poderosas ferramentas de marketing que as empresas turísticas (e não só) têm ao seu dispor. A presença digital é, por isso mesmo, incontornável na sobrevivência e no sucesso das organizações.
Só alguém muito distraído poderá, em 2020, questionar se as empresas devem, ou não, apostar nos canais digitais. A questão que se coloca é: como devem as empresas estar presentes no ambiente digital, para que ali desfilem sem mácula? É que não basta fazer uns posts ou publicar umas stories de quando em vez.
A introdução dos módulos de Marketing Digital Aplicado ao Turismo (no curso de Gestão e Produção de Pastelaria) e de Marketing Turístico e Digital (no curso de Gestão de Turismo) permite aos formandos da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste o contacto com ferramentas, técnicas e canais digitais fundamentais nos dias que correm.
As competências digitais que estes adquirem ao longo de um semestre ajudam-nos a serem mais competitivos no mercado de trabalho. E para aqueles que pretendem lançar um projeto próprio, estes conhecimentos são ainda mais importantes.
Conhecer os pressupostos, as boas práticas, as múltiplas possibilidades que os canais digitais permitem às organizações é uma grande mais-valia para o grupo de quase três dezenas de formandos que por estes dias concluem os seus cursos. Competências que, onde for que o destino e o empenho os levem, se traduzirão em valor acrescentado para as empresas que os acolherem.

Joana Fialho
Formadora de Marketing Digital Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste

Gazeta das Caldas

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