As eleições e o Hospital

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José Luiz de Almeida Silva
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José Luiz de Almeida Silva

O (e)leitor caldense e da região deve ter acompanhado o processo eleitoral com base nas principais apostas dos candidatos para a região e para o país, sabendo que poucos são os desafios estruturais com repercussão a médio prazo que podem calhar localmente.

Olhando para trás as grandes questões permanecem quase inamovíveis, ou movimentando-se muito lentamente, e poucas delas se afirmam como decisivas para a vida dos habitantes desta região na próxima década.

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Um dos temas cruciais e que a liderança socialista regional, com apoios oportunistas localizados, não soube responder, ou respondeu mal, refere-se à proposta transferência do Hospital Distrital para uma localização potencial, implicando a deslocação de uma população qualificada de mais de três mil pessoas, com todas as consequências nas economias tanto do município que perde como o que ganha ilusoriamente com este “ganho”.

Outros temas importantes para a região, com dimensão nacional, referem-se a uma putativa criação de uma NUT 2 (que em termos práticos pouco vai significar), às acessibilidades ferroviárias com a obra da Linha do Oeste cada vez mais atrasada e não resolvendo o nó górdio da linha de Sintra, bem como da acessibilidade ao TGV atirada para Leiria, sem ligação compatível a prazo decente pela via ferroviária.

Outras questões fundamentais para atração do investimento que justifiquem a captação de mão de obra altamente qualificada que se possa instalar regionalmente, têm o handicap de estarmos nas franjas da região muito desenvolvida da capital e que impede a discriminação positiva nestes investimentos. Finalmente, a falta de uma visão regional mobilizadora e integradora condena o futuro à estagnação ou a um crescimento muito lento. ■

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