Atentado ambiental na freguesia de Santo Onofre

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A Comissão Cívica de Protecção e Linhas de Água e Ambiente de Caldas da Rainha dirigiu-se vezes sem conta à Câmara Municipal desta cidade, a denunciar da existência de todo o tipo de depósito de entulhos, sucata e resíduos poluidores, inclusive numa zona bem perto de uma linha de água.
A Câmara, perante as referidas denúncias feitas por esta comissão e a sua insistência, decidiu deslocar ao local uma engenheira, com um elemento da comissão, onde se constatou, que efectivamente, para além da existência de poluição e depósito de entulhos, existem enormes crateras cheias de água, donde foram retirados inúmeras toneladas de areia, colocando inclusive em risco de vida, jovens que por ali circulam indevidamente.

Foram tiradas várias fotografias por esta comissão e por vários engenheiros da Câmara, tendo sido prometido que tudo iriam fazer para resolver estes graves problemas, inclusive, através da aplicação de coimas, se fosse caso disso.
Em virtude da insistência por parte da comissão ao deslocar-se várias vezes ao local, pela sua preocupação com o atentado ambiental ali existente, um dos elementos da comissão, foi ameaçado e foi mesmo obrigado, a elaborar uma participação desse facto, na PSP de Caldas da Rainha.
É de lamentar que decorridos cerca de dois anos, que esta comissão tem demonstrado várias vezes a sua preocupação na Câmara Municipal e este grave problema ainda esteja por resolver.
Esta comissão quer aproveitar para enaltecer o acto de coragem demonstrado por parte do senhor Abílio Camacho, presidente da Junta de Freguesia de Santo Onofre, ao vir publicamente através deste jornal, demonstrar toda a sua preocupação, não só com o impacto ambiental, mas também, por se sentir impotente para resolver este grave problema, apenas lhe restando demonstrar a sua indignação, por esse facto e torná-la pública.
Conforme foi noticiado em Julho, o Ministério do Ambiente, através da delegação do Oeste, fez finalmente uma acção de fiscalização no local, esperamos agora ansiosamente pela análise e seus resultados e que urgentemente sejam tomadas as medidas adequadas de uma vez por todas e que aquele local, no mínimo, deixe de ser um atentado ambiental.

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António Peralta
(Porta voz da comissão)

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