«Linha de cabeceira – contos de Futebol» de Pedro Gomes

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Manuel Pedro Gomes (n. 1941) foi jogador do Sporting Clube de Portugal ao longo de 17 anos e conquistou 3 Taças de Portugal, 3 Campeonatos Nacionais e uma Taça das Taças. Além do SCP treinou várias outras equipas: Académica, Oriental, Farense, Marítimo, União de Leiria, Os Belenenses e Rio Ave.
Ao publicar estes 11 contos de Futebol, estreia-se numa actividade diferente e embora a capa anuncie «Doping – Sexo – Corrupção» estas histórias também integram coragem, honestidade e esperança. Afirma o autor na pagina 45 «O futebol não se aprende nos livros» mas é pelo livro que passa a sua mensagem ao recordar histórias passadas. Por exemplo esta: «Quando um dos melhores presidentes que já tivemos te abordou, questionando-te se ao colocar-lhe juniores na equipa, os seniores correriam o risco de desmoralizar, podias ter evitado a resposta seca de que ele estava a passar-te um atestado de incompetência psicológica e de acrescentar: «Se o presidente queria ser treinador não precisava ter-me contratado».
Ou então esta: «A comunicação social é uma empresa e como tal visa o lucro, as notícias são direccionadas a um público-alvo que compra e lê o que lhe interessa. Os jornais são o biberão que alimenta o ego infantil e clubista dos fanáticos leitores. Nesta sociedade mercantilista é mais importante uma fofoca da vida do clube afecto aos sócios compradores que um feito notável a nível internacional de outro clube, cujos adeptos não compram esse jornal. Esta política economicista não está interessada em entrevistar aqueles que não vendem e quem não está na ribalta é completamente ignorado.» O herói do conto ouve uma adversativa séria: «Deves ir longe com esse cândido conceito de vida». Mas a história já circula por aí…
(Editora: Padrões Culturais, Capa: Nuno Pedro e Fernando Pedro Silva Gomes)
José do Carmo FranciscoManuel Pedro Gomes (n. 1941) foi jogador do Sporting Clube de Portugal ao longo de 17 anos e conquistou 3 Taças de Portugal, 3 Campeonatos Nacionais e uma Taça das Taças. Além do SCP treinou várias outras equipas: Académica, Oriental, Farense, Marítimo, União de Leiria, Os Belenenses e Rio Ave.
Ao publicar estes 11 contos de Futebol, estreia-se numa actividade diferente e embora a capa anuncie «Doping – Sexo – Corrupção» estas histórias também integram coragem, honestidade e esperança. Afirma o autor na pagina 45 «O futebol não se aprende nos livros» mas é pelo livro que passa a sua mensagem ao recordar histórias passadas. Por exemplo esta: «Quando um dos melhores presidentes que já tivemos te abordou, questionando-te se ao colocar-lhe juniores na equipa, os seniores correriam o risco de desmoralizar, podias ter evitado a resposta seca de que ele estava a passar-te um atestado de incompetência psicológica e de acrescentar: «Se o presidente queria ser treinador não precisava ter-me contratado».
Ou então esta: «A comunicação social é uma empresa e como tal visa o lucro, as notícias são direccionadas a um público-alvo que compra e lê o que lhe interessa. Os jornais são o biberão que alimenta o ego infantil e clubista dos fanáticos leitores. Nesta sociedade mercantilista é mais importante uma fofoca da vida do clube afecto aos sócios compradores que um feito notável a nível internacional de outro clube, cujos adeptos não compram esse jornal. Esta política economicista não está interessada em entrevistar aqueles que não vendem e quem não está na ribalta é completamente ignorado.» O herói do conto ouve uma adversativa séria: «Deves ir longe com esse cândido conceito de vida». Mas a história já circula por aí…
(Editora: Padrões Culturais, Capa: Nuno Pedro e Fernando Pedro Silva Gomes)

José do Carmo Francisco