A nova ministra da Agricultura, Ambiente, Mar e Ordenamento do Território, Assunção Cristas tem tudo preparado para mandar avançar com as obras da dragagem na lagoa, apurou a Gazeta das Caldas junto de fonte fidedigna.
O concurso público ficou concluído e existe visto prévio do Tribunal de Contas, faltando apenas o despacho conjunto da nova ministra e do seu homólogo das Finanças. O dinheiro necessário para a intervenção na lagoa está cabimentado e não pode ter outro destino, pelo que a libertação desta verba é pacífica.
Assunção Cristas é talvez o ministro do Ambiente que melhor conhece os problemas da Lagoa de Óbidos. Eleita pelo CDS/PP para a Assembleia da República, mas entretanto convidada para ministra, a sua imagem aparece no ultimo video da campanha distrital do CDS/PP, a 3 de Junho, gravado tendo o mar da Foz do Arelho por fundo. Assunção Cristas aparece na filme dizendo que está no mar o futuro do país.
Durante a campanha, a cabeça de lista daquele partido por Leiria, destacou também como prioridade a nível ambiental a resolução dos problemas da Lagoa de Óbidos. Uma situação que durante o ano de 2010 veio a acompanhar, enquanto deputada na Assembleia da República, com questões ao governo de José Sócrates.
Em Janeiro desse ano, Assunção Cristas em conjunto com os deputados João Pinho de Almeida, Artur Rego, Altino Bessa e José Ribeiro e Castro, pediu ao Ministério do Ambiente explicações sobre a forma como irá decorrer a “intervenção na Lagoa de Óbidos tendendo a minimizar e impedir a continuação do avanço do mar na zona da raia da Foz do Arelho”.
Os deputados do CDS-PP questionavam ainda para quando estava previsto o início das dragagens na Lagoa e em que ponto está o processo decorrente da reapreciação do projecto de construção do dique pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
Reunida com responsáveis da associação comercial, no final desse ano, para se inteirar da situação económica do concelho, quando se preparavam para discutir o Orçamento do Estado para 2011, a deputada deu nota da necessidade de se assegurar o financiamento para as dragagens na Lagoa de Óbidos, não só pela importância ambiental daquele ecossistema, como também pela relevância económica que tem para o concelho, em especial ao nível do turismo.
Depois destes factos ninguém duvidará que a novel ministra terá como prioridade assinar o despacho que liberta a verba para as dragagens na lagoa.
ESspero que seja desta que uma ministra do Ambiente, finalmente faça aquilo que deve ser feito para a defesa da Lagoa de Óbidos…
Já tinha perdido a esperança de que houvesse alguém com responsabilidade que cuidasse da Lagoa…agora as minhas esperanças foram relançadas…
Fico à espera…!!
(…) Com o novo governo, e apesar de algumas indicações de que as dragagens até avançariam, a única coisa que se vê é a solitária draga que continua – tipo monstro de Loch Ness ou “Tollan” – na zona da Foz do Arelho, como se tivesse ficado abandonada ou estivesse a guardar lugar, numa manobra de chico-esperto, para as eventuais dragagens. E não se consegue perceber a inacção.
E espanta, no meio disto tudo, que toda a gente se mantenha calada: os que conseguiram fazer ouvir as suas vozes quando a Foz do Arelho quase foi destruída desapareceram, os “caldenses” que o são quando lhes dá jeito (tipo Manuel Alegre e António José Seguro), os sempre excitados autarcas (de Caldas da Rainha e de Óbidos) e a imprensa local que só em alguns fins-de-semana é que descobre que o concelho de Caldas da Rainha não é só a cidade.
O que será melhor para o turismo? A Lagoa de Óbidos com água ou a sua extensão completamente seca para mais um megalómano projecto imobiliário e de golfe?
(Comentário completo em o-das-caldas.blogspot.com/2011/07/lagoa-de-obidos-ainda-conseguira.html)