Humberto Marques apresenta candidatura com críticas a Vítor Rodrigues

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Gazeta das Caldas
Humberto Marques ladeado pela equipa social-democrata candidata aos vários órgãos autárquicos |Fátima Ferreira

A apresentação da candidatura de Humberto Marques foi marcada pelas críticas do candidato e actual presidente de Câmara ao seu adversário do PS, Vítor Rodrigues, a quem acusou de lhe faltar propostas e ambição, assim como o facto de apenas pensar no castelo e esquecer o concelho.
O evento de apresentação, que teve lugar no passado dia 3 de Setembro junto ao Santuário do Senhor Jesus da Pedra, juntou, de acordo com a organização, cerca de 600 pessoas e terminou com animação e um jantar convívio de porco no espeto.

Humberto Marques tem um programa para o concelho assente em sete eixos e mais de 130 medidas, mas, na apresentação da sua candidatura, optou por assinalar as sete diferenças que existe entre o seu projeto e o do seu principal adversário, Vítor Rodrigues.
O candidato social-democrata disse ter a seu lado uma equipa de pessoas “experientes e conhecedoras dos dossiers” enquanto que do outro lado encontra uma candidatura que resulta de um “dissidente do PSD”, disse referindo-se a VÍtor Rodrigues. Ainda referindo-se ao candidato pelo PS, Humberto Marques lembrou que aquele enquanto foi deputado municipal “nunca fez uma única intervenção” e que, mais tarde, enquanto vereador do PS “nunca apresentou uma proposta e apenas se preocupou com assuntos relacionados com as suas associações”.
Humberto Marques recordou que o seu mandato autárquico foi marcado pela crise financeira no país e atrasos nos fundos comunitários e que ainda assim foi feito investimento nas freguesias e nos eventos. “Do outro lado temos uma candidatura que esquece o concelho, que só consegue pensar no castelo de Óbidos e nas suas associações”, disse.

O também presidente da Câmara criticou ainda o facto de Vítor Rodrigues ter votado contra a proposta do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) e a cedência de um terreno à Associação Socorro Gaeirense para a “construção de um lar, com o argumento de que era por uma questão de equidade”, referiu.
Durante o seu discurso, Humberto Marques disse que os sociais-democratas souberam puxar pela agricultura e pela rede de rega, unidos com a Associação de Regantes, enquanto que os socialistas “tentaram prejudicar, levantando o problema da poluição na barragem e escrevendo uma carta para a administração central a dizer que haviam alguns agricultores que não queriam a rede de rega”.
Rebateu de seguida as acusações de gestão financeira desastrosa, justificando que reduziu a dívida em 3,7 milhões de euros e investiu 2,7 milhões em medidas sociais e 2,5 milhões em obras todos os anos.
Humberto Marques falou da sua aposta na educação e novas tecnologias e incitou a oposição a debater os assuntos, ao invés de apenas fazer campanha nas redes sociais.

A abertura aos independentes

Também o mandatário da candidatura e anterior presidente da Câmara, Telmo Faria, exigiu que os adversários apresentassem as suas ideias para o concelho. “Não podemos ter candidatos calados, que apenas gastam dinheiro em propaganda”, disse, exortando-os a expor a sua visão para aquele território. O antigo presidente da Câmara destacou que Óbidos é o exemplo de como um concelho pequeno consegue dar a volta e atrair investimento.
Telmo Faria referiu que o PSD em Óbidos transformou-se numa plataforma de abertura onde se juntam as “pessoas de grandes ideias”. Além dos vários candidatos independentes que concorrem aos vários órgãos, há também dois movimentos, um nas Gaeiras e outro em A-dos-Negros, que são apoiados por este partido.
Um dos independentes que começou por integrar as listas de Telmo Faria e que depois continuou como número dois nas de Humberto Marques, foi Pedro Félix, que se candidata pelo quinto mandato consecutivo. “Será a última candidatura” disse, agradecendo à concelhia do PSD por deixá-lo fazer parte das suas listas.
Ao palco, colocado junto ao santuário do Senhor Jesus da Pedra, subiu também o cabeça de lista à Assembleia Municipal, Fernando Jorge. O candidato destacou o trabalho feito pelo executivo nos últimos quatro anos e que quer ver continuado, através de uma gestão autárquica “de proximidade, que acredita na sua terra e nas potencialidades das suas gentes”.
Fernando Jorge quer que também a Assembleia Municipal esteja mais próxima dos obidenses, propondo a realização de reuniões descentralizadas e de uma Assembleia Municipal jovem uma vez por ano.