Livre de André Santos fez o Caldas sonhar

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Um livre fantástico de André Santos deu vantagem ao Caldas no campo do eterno rival Torreense, mas uma segunda bola num lançamento lateral permitiu aos visitados chegar ao empate.

Estádio Manuel Marques, Torres Vedras
Árbitro: Paulo Barradas, AF Setúbal
Assistentes: Joaquim Gato e André Duque
TORREENSE 1
Joel Tomé; Pedro Almeida, Fábio Marinheiro, Danilso e Evaldo (C); Mauro Andrade e Fábio Arcanjo; Leonel Alves, Sow (Tom Tavares 83) e Lucas Reis (Ruben Fidalgo 53); Klynsman (Dinis Franco 77)
Não utilizados: Ricardo Campos, Michel Tavares, Aílson Tavares, Tomás Meneses
Treinador: Quim Berto
CALDAS 1
Luís Paulo [7]; Juvenal [7], Militão [7] (C), Gaio [7] e Passos [6] (Hugo Neto [5] 66); Paulo Inácio [7], Leandro [6] (Yordy [5] 56), Pedro Faustino [7] e André Santos [7]; Ricardo Isabelinha [7] (Bruno Eduardo [4] 76) e Farinha [7]
Não utilizados: Rui Oliveira, Ruca, Karim, Januário
Treinador: José Vala
Ao intervalo: 0-1
Marcadores
André Santos (31), Sow (50)
Disciplina
Amarelo: Passos (35), Danilson (64), Yordy (72), Gaio (90)

Ricardo Isabelinha trabalhou muito no ataque do Caldas e conquistou a falta que resultou no golo de André Santos

O jogo entre os dois maiores rivais da região Oeste teve honras de transmissão televisiva mas não foi um jogo empolgante. O duelo acabou por ser muito mais estratégico e físico, até porque o relvado também não ajudou. Mas nem por isso deixou de haver alguma emotividade.
As duas equipas trouxeram novidades para a partida, com destaque para a entrada de Leandro, convocado pela primeira devido a lesão num joelho e logo directo para o 11 para um vértice mais adiantado do losango do meio-campo.
O estilo de jogo das duas equipas era idêntico, com conjuntos montados para serem compactos na acção defensiva, para darem pouco espaço à organização de jogo apoiada e para tentarem tirar partido da velocidade nas transições ofensivas, embora aí com alguma divergência, com o Caldas a apostar numa frente a dois totalmente móvel, enquanto o Torreense tinha em Klynsman um avançado mais posicional e Lucas e Leonel um pouco mais abertos nos flancos.
A escassez de espaços fez com que apenas nalgum erro fosse possível às equipas criarem algum perigo. Foi o que aconteceu ao minuto 31 da partida. Tudo começou num lance que podia ter levado grande perigo à baliza do Caldas. Um passe longo que apanhava a defesa do Caldas descompensada obrigou Luís Paulo a sair da sua área para colocar a bola fora. O Torreense cobrou rapidamente o lançamento, mas Pedro Faustino recuperou a bola e em três passes esta chegou ao ataque a Ricardo Isabelinha, travado em falta na meia esquerda, já junto à área. André Santos chamou-lhe um figo e marcou de forma exímia o seu terceiro golo da temporada.
A vantagem permitia ao Caldas, mantendo a segurança defensiva, reforçar a estratégia de saída em transições. No entanto, logo no arranque do segundo tempo chegou o golo do empate. Lançamento lateral para a área do Caldas, Gaio fez um primeiro corte e Pedro Faustino completou, mas Fábio Marinheiro interceptou e recolocou a bola na área, com Sow a apanhar a defesa alvinegra em contrapé e a bater a saída de Luís Paulo.
Foi o sétimo jogo consecutivo do Caldas sem perder (tantos quanto os do Torreense sem ganhar), e o quarto a empatar.

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Melhor do Caldas

André Santos 7

Era nos duelos a meio campo e na capacidade para ganhar as segundas bolas, ou bloquear o que delas poderia resultar, o segredo deste jogo. Nesse capítulo do jogo o Caldas fez um trabalho muito rigoroso e o camisola 88 foi um dos responsáveis. Além disso, marcou a diferença com mais um livre certeiro e de belo efeito.

PAULO INÁCIO, JOGADOR DO CALDAS
Entrada aquém na segunda parte

Gazeta das Caldas - Caldas SC
Marcámos primeiro e estávamos convencidos que conseguíamos segurar essa vantagem e num contra-ataque fazer o segundo golo, não foi possível. Tivemos uma entrada um pouco aquém na segunda parte que nos custou aquele golo do empate. Queríamos os três pontos, só levamos um mas num campeonato tão disputado todos são importantes. Não perdemos há sete jogos mas desses só ganhámos dois, vamos procurar regressar às vitórias já no próximo jogo para subirmos mais um pouco na classificação.

JOSÉ VALA, TREINADOR DO CALDAS
Resultado ajusta-se
Estávamos à espera tanto das alterações que o Quim Berto fez, como de um campo pesado, no qual seria difícil jogar um futebol que pretendíamos. Ia ser um jogo muito disputado de segundas bolas e marcações incisivas e não podíamos falhar porque quem marcasse primeiro estaria mais perto da vitória. Conseguimos fazer isso, mas um erro no início da segunda parte permitiu ao Torreense empatar. Não foi um jogo bem jogado, mas não havia condições para o ser e o resultado ajusta-se.

QUIM BERTO, TREINADOR DO TORREESE
Jogo repartido
Foi um jogo repartido, de duas boas equipas. O Caldas, nesta fase do campeonato, bem melhor porque vem de uma sequência de jogos sem perder muito boa. Sofremos um golo de livre e empatámos aos 50 minutos. Depois até tivemos mais uma ou duas oportunidades para fazer 2-1, mas o empate é um resultado justo para as duas equipas.

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