O ano de 2016 está prestes a acabar e Zé Povinho escolhe três personalidades portuguesas que marcaram este período e que em 2015 poucos antecipariam o protagonismo que vieram a tomar em Portugal. Provavelmente são os três reis magos do optimismo nacional.
O primeiro é o Presidente da República, professor Marcelo Rebelo de Sousa, eleito no início do ano e que até hoje tem surpreendido tudo e todos, incluindo mesmo muitos daqueles que não votaram nele. É o que Zé Povinho pode dizer de uma agradável surpresa, pois conseguiu pacificar as relações entre os portugueses e criar um novo ânimo, por aquilo que chama a política da proximidade e dos afectos.
Ninguém esperaria a energia sem limite que coloca no desempenho do seu cargo, não parando dia nenhum e percorrendo o país e o mundo, na procura de entendimentos e de promoção do país e das suas gentes. Zé Povinho espera que este possível excesso não acabe em desilusão.
Depois o primeiro-ministro António Costa que, de um resultado anémico das eleições legislativas, o transforma num resultado vitorioso, à boleia dos partidos à sua esquerda bem como do novo Presidente da República, tendo vencido provações, algumas das quais consideradas difíceis de ultrapassar, como as questões orçamentais colocadas pela ex-troika, bem como outros problemas que lhe caíram ao colo com a crise financeira da banca.
Finalmente, quem se saiu mais airoso de um propósito que colocou há vários anos mas cuja possibilidade de êxito era ínfima, foi o ex-primeiro ministro António Guterres. Zé Povinho escolheu-o por ser quem partiu para a corrida ao cargo de Secretário Geral da ONU, tendo tudo contra si, inclusive a ideia feita de que o futuro ocupante daquele posto teria de ser uma mulher e com origem no Leste Europeu.
À boa imagem de um português que se bateu na última década pelos refugiados e contra os conflitos internacionais, juntou-se uma forte preparação cultural e política aliada a uma certa dose de improviso, a receita certa para mostrar, num processo pela primeira vez aberto e transparente, que era o melhor entre tantos candidatos.
E assim construiu a sua imagem e conquistou apoios, vencendo mesmo golpes baixos que certa “diplomacia” internacional lhe quis infligir.
Três homens para quem 2016 foi pródigo esperando o Zé Povinho que no final o povo português possa colher os frutos deste trabalho já em 2017.
- publicidade -
Zé Povinho 30 de Dezembro1
Neste ano de 2016 a figura mais apagada e doída pelo sucesso dos seus opositores, tanto no país como no partido, foi sem dúvida Pedro Passos Coelho, que não consegue esconder o seu azedume pelo que lhe aconteceu e que de todo não esperava.
Ganhando as eleições legislativas, apesar de lhe faltar a maioria dos apoios na Assembleia da República, viu fugir-lhe depois os apoiantes no governo para outras paragens bem longínquas, especialmente o seu co-líder de governo, Paulo Portas e depois do seu partido, o ex-ministro Jorge Moreira da Silva, ficando apenas na sua geringonça a ex-responsável pelas Finanças que também preferiu dar a sua maior contribuição a uma financeira internacional.
A vida de Passos Coelho não tem sido fácil, nem provavelmente o será no futuro próximo, se ainda averbar em 2017 alguns inêxitos das eleições autárquicas, estando já os seus opositores internos à espreita e a prepararem-lhe a cama. Mas ele próprio não perde aquela cara de funeral que carrega parecendo que todos são responsáveis pelo que lhe aconteceu, esquecendo que continua a ser visto como alguém que nunca teve uma carreira profissional e política incólume e exemplar. Falta-lhe autoridade para passar o tempo a recriminar muitos portugueses que detestam o que se passou nos últimos quatro anos.
Outro perdedor, no sentido ético (já que em termos financeiros foi um ganhador), é Durão Barroso que trocou uma reforma dourada da Comissão Europeia por uma actividade mais lucrativa na maior financeira mundial.
Finalmente outra personalidade que não consegue conviver com a nova situação de aliança à esquerda é o líder da CGTP, Arménio Carlos, que continua a não querer mostrar a mínima flexibilidade e que continua a professar a sua recusa de qualquer entendimento na Concertação Social. Não se cansa de confundir os interesses das pequenas e micro empresas, bem como de muitas IPSS com os das grandes empresas e das multinacionais, como aconteceu com a questão recente da redução da TSU.
Os portugueses estão a viver um período de baixa conflitualidade, num mundo cada vez mais conflitual e quando se aproximam nuvens desconhecidas de várias continentes, especialmente do continente americano com a entrada em funções do novo Presidente, já não querem aguentar estes profetas da desgraças. Serão estes afinal os três reis magos do pessimismo português?
Este website utiliza cookies para que possamos proporcionar ao utilizador a melhor experiência possível. As informações dos cookies são armazenadas no seu browser e desempenham funções como reconhecê-lo quando regressa ao nosso website e ajudar a nossa equipa a compreender quais as secções do website que considera mais interessantes e úteis.
Cookies Necessárias
As Cookies Necessárias devem estar sempre ativadas para que possamos guardar as preferências do utilizador relativamente às definições de cookies.
Se desativar este cookie, não poderemos guardar as suas preferências. Isto significa que, sempre que visitar este sítio Web, terá de ativar ou desativar novamente os cookies.
Cookies de Terceiros
Este website utiliza o Google Analytics e o Echobox para recolher informações anónimas, como o número de visitantes do sítio e as páginas mais populares.
Manter este cookie ativado ajuda-nos a melhorar o nosso sítio Web.
Por favor, active primeiro os cookies estritamente necessários para que possamos guardar as suas preferências!
Cookies de Marketing
Este site usa as seguintes cookies para analisar como é que utiliza o site para o podermos melhorar:
Microsoft Clarity
Por favor, active primeiro os cookies estritamente necessários para que possamos guardar as suas preferências!