Um Candidato Consensual nas Caldas

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João Frade
jurista

No passado dia 15 de Junho, António José Seguro apresentou, no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, a sua candidatura à Presidência da República.

Num CCC lotado de cidadãos caldenses oriundos de diferentes quadrantes políticos, ficou a imagem clara de que, neste concelho, existe um candidato que aparenta ser consensual.
É natural que assim seja. António José Seguro escolheu, há vários anos, Caldas da Rainha para residir, e o facto de ter decidido fazer aqui a apresentação da sua candidatura foi também uma demonstração do carinho que nutre pela cidade e pela sua comunidade.
Mas o apreço das gentes por António José Seguro resulta, sobretudo, do caráter que este revelou ao longo do seu percurso político, com um trajeto marcado pela moderação, integridade e pela discrição. As pessoas conhecem as injustiças partidárias de que foi alvo e apreciam a postura séria que manteve depois disso, não procurando minar os seus sucessores, nem fomentando polémicas internas. Abstendo-se de utilizar as redes sociais para alimentar egos ou de procurar notoriedade efémera, optou por preservar a dignidade da função pública que desempenhou.

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Este perfil contrasta com o que, infelizmente, se tem vindo a normalizar em várias esferas da vida política, onde assistimos, com frequência, a protagonismos excessivos, a conflitos estéreis e a atitudes marcadas por ressentimentos e sentimentos de vingança.

Há quem use a política como palco pessoal, alimentando-se da instabilidade e da divisão para procurar sentir-se relevante.

Não há nada mais prejudicial para a democracia, para o funcionamento e para o desenvolvimento de uma comunidade do que líderes, ex-líderes e outros supostos actores políticos, que dependem da política e com um ego tal que os leva a considerar que nenhum outro líder serve, a menos que lhes preste vassalagem, preferindo fomentar o caos e a instabilidade, como meio de satisfazerem a sua ambição pessoal.

António José Seguro não seguiu esse caminho. Não foi mais um cata-vento das redes sociais, sujeito às oscilações do gosto público, em busca de likes ou de polémicas artificiais, e ,o que é talvez mais relevante, teve e continua a ter, uma vida para além da política.
Tudo isto são características que as pessoas reconhecem, e foi por isso que, na apresentação da sua candidatura no CCC, se sentiu uma genuína demonstração de apoio e de carinho.

Existe ainda um longo caminho e bem acidentado até às eleições presidenciais, que deverão decorrer apenas em Janeiro de 2026, mas Seguro conseguiu ter um bom arranque e com os outros principais candidatos a perder “gás” ainda tudo pode acontecer.

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