José Luiz de Almeida Silva
O assunto para esta semana estava longe deste, que é o que desde a passada semana enche as televisões, rádios, jornais e a próprias redes sociais, e como o leitor naturalmente descobre, está relacionado com a “nova guerra” no mundo, desta vez entre Israel apoiado pelos EUA e o Irão.
Agora o argumento para desencadear as hostilidades foi a provável e possível futura posse da arma nuclear, por aquele país islâmico, que desde o regresso de Khomeini ao país, com culpa direta ou não, não tem parado de ser centro de conflitos com os vizinhos.
Nunca estive no Irão, mas amigos descrevem-no como muito bonito, com uma população simpática e com uma grande parte das mulheres a tentarem libertar-se da anacrónica liderança religiosa do país.
Dadas as ações que essas lideranças teocráticas têm eaxercido sobre boa parte da população, podia-nos suscitar uma aceitação plena desta ação bélica, ao arrepio das normas do direito internacional, e justificando para trás e a prazo, intervenções deste tipo. Contudo, tudo isto nos deixam as maiores dúvidas e preocupações, pois quem paga a conta em vidas e meios, são os povos alvo, de ambos os lados, destas ações. Pelo meio houve aquele ataque quase hollywoodesco dos bombardeiros furtivos B-2 Spirit às prováveis centrais nucleares iranianas.
Mas ainda não tínhamos concluído este editorial e surge nos media que o Presidente dos EUA, o inefável Trump, tinha decretado unilateralmente o cessar fogo para os dois beligerantes principais, que, contudo, não o reconheceram publicamente e continuavam os ataques.
Não sabemos como vai (vão) acabar esta(s) guerra(s), mas tememos que não seja bem e já não o é para tantos que pereceram, bem como as consequências para todos nós. Esperemos que este pessimismo não se justifique totalmente. Quando encerramos a edição paira no mundo uma incerteza crescente para os próximos tempos. Que fazer?