Verão: praia, calor, e mitos sobre a UE?

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Já conseguiu comer alguma bola de Berlim na praia este ano? Independentemente de ser fã delas ou de não fazerem o seu estilo, as bolas de Berlim continuam a ser vendidas nas praias portuguesas. Mas talvez já tenha ouvido rumores de que “A União Europeia proibiu a venda de bolas de Berlim nas praias!”. Embora sejam falsos, chegaram a muita gente. Foi a pensar nesses e noutros mitos que a Representação da Comissão Europeia em Portugal decidiu falar de mitos com a iniciativa “Bolas de Bruxelas”.
O combate à desinformação é um esforço conjunto no qual participam todas as instituições europeias. Para ajudar a lutar contra a desinformação, a UE colabora estreitamente com as plataformas em linha, nomeadamente incentivando-as a promover informações de fontes fidedignas, a despromover conteúdos reconhecidamente falsos ou enganosos e a retirar conteúdos ilegais ou que possam causar danos físicos.
Mas e então e as bolas de Berlim? Dizia-se que as bolas de Berlim nas praias não respeitariam os critérios de higiene e segurança alimentar determinados pelas regras europeias. Na verdade, no que toca à comercialização nas praias, a única exigência de normativos comunitários é que os produtos estejam protegidos de qualquer forma de contaminação. Deste modo, se as bolas de Berlim forem fabricadas num estabelecimento devidamente licenciado e com atenção às normas de higiene e segurança alimentar, podem ser comercializadas nas praias portuguesas, desde que haja uma proteção contra a sua deterioração e contaminação.
As regras europeias não têm nenhum propósito malvado. Não somos burocratas que gostam de tirar os pequenos prazeres da vida aos europeus. Todas as regras que a Comissão Europeia define têm um propósito prático. No caso das bolas de Berlim, como viu, esse propósito é a proteção da higiene e segurança alimentar. Outro caso “famoso” é o dos carapauzinhos, ou «jaquinzinhos», como são vulgarmente conhecidos.
Foi fixado um tamanho mínimo para a pesca dos carapaus, sendo imposta a proibição de captura de espécies juvenis, que veem o seu ciclo de crescimento interrompido. Esta proibição deve-se, portanto, a uma necessidade de preservação da biodiversidade marítima que se encontra ameaçada pela sobrepesca de grande número de variedades.
Mais recentemente, com a pandemia que vivemos, houve um crescimento significativo de campanhas de desinformação, e a Representação da Comissão Europeia voltou ao terreno (ainda que virtualmente, para cumprir todas as normas de segurança) com a sua iniciativa das Bolas de Bruxelas, explicando 10 mitos sobre a resposta da UE ao coronavírus. Eles podem ser lidos em ec.europa.eu/portugal/news/eu-myths_pt
Este verão, quando se cruzar com informação sobre a União Europeia, esteja atento à fonte da informação e verifique antes de acreditar ou partilhar

gazeta da europa
| D.R.