OesteCIM com orçamento de 16,7 milhões fortemente condicionado pela mobilidade

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A Assembleia Intermunicipal apresentou uma moção pela modernização e expansão da ferrovia
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Documento com mais 3,3 milhões do que o orçamentado em 2024 foi aprovado por unanimidade na Assembleia Intermunicipal de 20 de dezembro

A Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCIM) apresenta um orçamento de 16,7 milhões de euros para 2025, um valor superior em cerca de 24% relativamente a 2024. O documento foi aprovado, por unanimidade, na Assembleia Intermunicipal de 20 de dezembro.
“Um documento que está equilibrado na receita e despesa”, referiu o presidente da OesteCIM, Pedro Folgado, destacando a “grande fatia” prevista para a mobilidade. O também autarca de Alenquer explicou que outra importante parte da receita do Orçamento provém de fundos comunitários, no que diz respeito aos Investimentos Territoriais Integrados (ITI) do Oeste e Vale do Tejo, pois esta CIM ficou a liderar os projetos e lançamentos de candidaturas relativamente a estas três comunidades intermunicipais. Está também previsto investimento para continuar o trabalho ao nível da inteligência territorial, sustentabilidade, área social e educação, enumerou o responsável. Os gastos com pessoal e a aquisição de bens e serviços representam a maior fatia da despesa.
O PSD pediu uma maior execução do Orçamento, destacando, no entanto, que se identifica nomeadamente com a aposta na inteligência territorial, que tem possibilitado uma “dinâmica muito significativa para o Oeste e tem valorizado muito o nosso território”, referiu Hernâni Santos. Já o PS destacou o trabalho de continuidade e a estratégia desta CIM para o Oeste. “Há um fio condutor num investimento de projeção de futuro”, referiu Brian Silva. Também o socialista Rui Prudêncio manifestou o seu “orgulho” pelo facto desta região ser pioneira ao nível da mobilidade, ao disponibilizar o passe M Oeste, que estabelece a gratuitidade das viagens dentro dos 12 municípios oestinos e reduz o valor do passe inter-regional para 40 euros, igualando os preços praticados na Área Metropolitana de Lisboa. “Acho que o caminho tem de continuar até à gratuitidade total”, acrescentou o também presidente da Assembleia Intermunicipal, dando conta da importância desta medida para a descarbonização.
Ainda que aplaudam a medida, os deputados do PSD queriam ter tido acesso aos documentos que estiveram na base desta decisão. A deputada Marta Geraldes elencou uma série de perguntas, às quais o presidente da OesteCIM se comprometeu a responder por escrito, e pediu que os representantes desta CIM reunissem com a Câmara de Lisboa, para solicitar a melhoria das instalações onde esperam pelos autocarros na capital.
Também o deputado Jaime Neto (PS) saudou a iniciativa, mas defendeu que é necessário que se estenda ao transporte ferroviário.

Moção pela melhoria da ferrovia
Os deputados de todas as forças políticas representadas na Assembleia Intermunicipal assinaram uma moção “pela rápida conclusão das obras na linha ferroviária do Oeste, pela criação de uma variante ferroviária entre a Malveira e o centro de Lisboa e pela criação de uma nova linha ferroviária Santarém, Rio Maior, Caldas e Peniche”. No documento, a enviar ao primeiro ministro, ministro das Infraestruturas, Assembleia da República e Assembleias municipais dos concelhos do Oeste, Lezíria e Médio Tejo, defendem que a modernização da ferrovia e a construção de novas linhas e ligações são uma “prioridade política indispensável para a afirmação social e económica do caminho-de-ferro”. Destacam ainda que a sua modernização e expansão da rede são um fator essencial de melhoria da acessibilidade e mobilidade em áreas ainda mal servidas pelo transporte público, e sua desejável articulação intermodal.
Propõem que seja dada “prioridade política à urgente conclusão” das obras de modernização da Linha do Oeste, assim como da intervenção entre as Caldas e o Louriçal, “tornando-a verdadeiramente competitiva em relação à rodovia”. Os signatários querem também que seja considerada, nos projetos da nova linha de alta velocidade, uma boa articulação da linha do Oeste com aquele futuro corredor ferroviário em Leiria. Propõem que se considere o planeamento e a execução de uma variante ferroviária entre a Malveira e o centro de Lisboa, bem como de uma nova linha ferroviária que ligue Santarém, Rio Maior, Caldas da Rainha e Peniche. ■

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