Artesãos vão dar continuidade a eventos não só na cidade natal como noutras localidades do país
Os artesãos das Caldas têm agora como presidente o ceramista Jorge Lindinho. As eleições decorreram no início do ano e da nova direção ainda fazem parte Joana Bravo (vice-presidente), Gabriela Araújo (tesoureira), Cristina Capinha (1ª secretária), Piedade Matamoros (2ª secretária) e, segundo o presidente, contam agora com 26 elementos e que não são só do concelhos Caldas pois também de outras localidades como da Nazaré ou de Torres Vedras.
A primeira iniciativa será o Artesanato na Praça, que se realizará a 5 de abril e que terá continuidade a 13 de setembro. Tem também planeado marcar presença na Feira de Estremoz que terá lugar no final de abril.
Para o mês de junho “temos a ideia de criar uma nova iniciativa por cá, diferente do que é habitual”, referiu a vice-presidente Joana Bravo , dando nota que logo a seguir vão estar na FIA em Lisboa. Os Artesãos das Caldas, como vem sendo feito nos últimos anos, terão banca na Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde.
No verão, entre os dias 1 a 15 de agosto, os associados terão a oportunidade de dar o conhecer as suas propostas na Casa dos Barcos, no Parque D. Carlos I.
Nas edições do Artesanato na Praça, além dos associados, também são convidados artesãos de outras zonas do país. Marcarão presença elementos da olaria da Bajouca, de cerâmica de Santarém, joalharia de Setúbal e também da Confraria do Boneco de Estremoz.
Já em abril haverá talhas e peças de raku, feitas por dois artesãos que vêm de Tomar. “Ambos vão trabalhar ao vivo”, disseram os elementos da nova direção. Está prevista ainda a vinda de artesãos de Coimbra e do Algarve.
“A ideia é poder ter trabalhos diferentes daqueles que são feitos nesta região”, disseram os responsáveis. Jorge Lindinho ainda deu a conhecer que a Associação fará parte das entidades que farão iniciativas que vão assinalar os 500 anos da morte da Rainha D. Leonor.
“Também queremos estar presentes, com os Bordados das Caldas, na próxima edição das Tasquinhas de Rio Maior”, disse o ceramista, acrescentando que as últimas direções têm sido anuais.
Cerâmica, vidro, cabaças e macramé-alpinista
Jorge Lindinho é ceramista desde 1987, ano em que decorreu o primeiro curso do Cencal e que teve como formadores “os saudosos João e Armindo Reis”.
Depois o atual presidente da associação parou em 1994, tendo recomeçado a atividade cerâmica, a meio tempo, em 2015.
“Estive ligado a várias fábricas de cerâmica como a Secla, a Subtil, Molde Faianças entre outras. Passei por várias funções, tendo começado pela vidração”.
Os elementos da direção dedicam-se a áreas bastante distintas. Joana Bravo dedica-se há 15 anos à modelação em pasta cerâmica e decoração de cabaças.
Por seu lado, Gabriela Araújo dedica-se ao macramé há cinco anos e também se dedica à escalada. Traz um pouco dessa atividade física para o seu trabalho artesanal. “Mantenho as duas atividades e por isso faço um macramé um pouco diferente do que é habitual”, contou a artesã-alpinista que se inspira no uso das cordas nas técnicas de montanhismo e que os aplica no seu artesanato. Cristina Capinha fez o curso de Cerâmica Criativa no Cencal em 2015 e no ano passado foi convidada a integrar a associação.
Dedica-se à cerâmica decorativa e adora a decoração de Viana . Há mais de 35 anos que Pilar Matamoros se dedica a trabalhar o vidro. Veio da América Latina onde se dedicava ao seu trabalho artístico e também leccionava a artesãos. O trabalho da direção, iniciado em janeiro, “está a correr bem” e o grupo tem inscrições abertas para mais artesãos.