O concelho das Caldas apresenta despesas de apenas 5 euros por cada habitante. Alcobaça e Torres Vedras representam quase metade do total
O concelho das Caldas apresentou apenas 290 milhares de euros de despesas em ambiente no ano de 2023, segundo os dados compilados e recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos a esta temática.
O município caldense foi, destacadamente, o concelho do Oeste com um valor mais baixo neste campo.
Os municípios de Torres Vedras e Alcobaça foram aqueles que apresentaram maiores gastos na região. Juntos, estes dois concelhos representaram quase metade da totalidade do Oeste, com a soma dos dois a redundar em mais de 46% das despesas totais do conjunto, o mesmo que dizer que são cerca de 12,3 milhões de euros.
Na região as despesas aumentaram sensivelmente 6% face ao ano anterior, numa subida de cerca de 1,5 milhões de euros no total do conjunto dos 12 municípios do Oeste.
Há alguns dados curiosos, por exemplo, com esta subida de 1,5 milhões de euros face ao ano anterior, as despesas em ambiente da região ultrapassaram a barreira dos 26 milhões de euros e praticamente duplicaram face ao primeiro ano em que existem estes dados compilados, 30 anos antes, em 1993. Nesse ano, a soma das despesas em ambiente do conjunto dos 12 municípios oestinos rondava os 13,7 milhões de euros.
Mas retomando uma análise comparativa com o ano anterior, é possível perceber que nesta região as despesas subiram em seis municípios e desceram noutros seis. Alcobaça, Alenquer, Cadaval, Nazaré, Peniche e Torres Vedras constituem a metade que apresentou um maior volume de despesa em ambiente, enquanto que os concelhos das Caldas da Rainha, de Óbidos, do Bombarral, da Lourinhã, de Sobral de Monte Agraço e de Arruda dos Vinhos integram a metade dos que terminaram o ano com descidas no volume de despesas em ambiente.
No caso das Caldas foram apresentados cerca de 290 milhares de euros nos 12 meses de 2023 e em Óbidos esse valor cifrou-se em aproximadamente 904 milhares de euros.
Mas muito mais relevante do que analisar as despesas brutas será perceber as despesas de cada município em ambiente, mas numa análise de gastos por habitante.
Nesse “ranking”, os municípios do Cadaval e de Alcobaça, ambos com 106 euros de despesas em ambiente por cada habitante no ano de 2023 são os líderes, seguidos de Sobral de Monte Agraço, com 100 euros por cada munícipe. Próximo desse valor aparece ainda Peniche, com 90 euros gastos por cada habitante.
O concelho das Caldas aparece destacado como o município do Oeste com menos despesas em ambiente por habitante, com apenas 5 euros por cada caldense. Trata-se de um valor muito abaixo de qualquer outro município da região.
O concelho que apresenta menos despesa em ambiente por habitante, a seguir às Caldas da Rainha, é o da Lourinhã, com 56 euros por habitante, seguindo-se Nazaré com 60 euros e Arruda dos Vinhos com 66 euros por cada munícipe.
Exatamente na média do Oeste aparece Óbidos, com 69 euros de despesas por habitante.
Acima da média oestina neste ranking estão ainda Alenquer, Torres Vedras, Bombarral e Peniche.
Os dados compilados pelo Instituto Nacional de Estatística, e reproduzidos na tabela abaixo, incluem as despesas apresentadas pelos municípios na proteção da qualidade do ar e clima, na gestão de águas residuais e na gestão de resíduos, mas também na proteção e recuperação dos solos, de águas subterrâneas e superficiais e na proteção contra ruídos e vibrações, assim como na proteção da biodiversidade e paisagem, na proteção contra radiações, na investigação e desenvolvimento e ainda noutras atividades de proteção do ambiente. ■