José Luiz de Almeida Silva
Gazeta das Caldas vive há quase cem anos com as principais instituições e figuras históricas locais, nomeadamente com a Associação dos Bombeiros Voluntários e com o Pintor José Malhoa, que são objeto djlaso principal destaque desta edição.
No seu primeiro número de 1 de Outubro de 1925 o nosso jornal informa que na sessão do Senado Municipal de 23 de Setembro foi dada “a precisa autorização para que seja instalado no rés-do-chão do edifício da Camara, o Quartel dos Bombeiros Voluntários”. Na nossa edição nº 30 de 3 de Maio de 1926 é feito destaque de 1ª página aos bombeiros caldenses, pela “classe” que representam, “ardorosos e combatentes contra os elementos da Natureza, o seu heroísmo tem a alimentá-lo a fonte viva da Fé, que com a paz de consciência premeia o dever cumprido, e estimula-lo o grito que galvanizou os antigos cavaleiros da civilização cristã:”
Também o nosso jornal tem um papel central e decisivo no “regresso” do Pintor José Malhoa – assinante do jornal como é referido – às Caldas, quebrando uma separação que existia, desde que o pintor caldense obteve um êxito nacional na capital e depois se instalou em Figueiró dos Vinhos para trabalhar e viver. Pela iniciativa de António Montez, através da Gazeta, foi feita uma grande homenagem logo em Setembro de 1928 e colocado o seu busto no Largo José Barbosa e uma placa na casa onde nasceu e que ainda hoje lá está e de que falamos numa reportagem nesta edição. Pela mão de Montez e de muitos caldenses foi criado em 1933 e inaugurado em 1934 o Museu em sua homenagem que ainda hoje é uma referência nacional do naturalismo de que ele foi o principal cultor.
Gazeta das Caldas com cem anos de histórias de muitas histórias das Caldas da Rainha e do Oeste! ■