Desde sempre as águas medicinais das Caldas da Rainha ocuparam um lugar de destaque, tanto na ciência de investigação médica, como na prática curativa. Sempre…, nem sempre pois de há uns anos para cá elas são uma mera lembrança e como veias que alimentavam a cidade, secaram. E todos os anos temos esperança, e dizemos: é este ano que vamos ter as termas a funcionar! Qual o quê! E os anos sucedem-se…
Já que não podemos usufruir dos seus dotes curativos, podemos ao menos tomar contacto com a diversa bibliografia que lhe diz respeito. Hoje trago à liça um pequeno folheto com 50 páginas, da autoria de Joaquim dos Santos e Silva, chefe dos trabalhos práticos do Laboratório Químico da Universidade de Coimbra e sócio efetivo do Instituto na mesma cidade e da sociedade Química de Berlim. Foi dado à estampa em 1876.
Começa por uma “Advertência”, seguindo-se os seguintes capítulos:
A – Propriedades Físicas
B – Análise Química Qualitativa
C – Análise Química Quantitativa
D – Cálculo da Análise
E – Comparação dos resultados da minha análise com os resultados das análises anteriores
E por fim: “O mapa representativo da composição das águas termais das Caldas da Rainha, segundo as análises feitas por: Withering (1793), J. M. de O. Pimentel (1849 e 1858), Lourenço (1867) e Santos (1876) ”.
E como como todo o bom livro que se preza, acabar com uma página de erratas: não há obras perfeitas…