RBL vende café de especialidade artesanal

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Estabelecimento serve café torrado na loja e cujos grãos são importados do Brasil

Holger e Auror Hoffman são suíços e vieram viver para as Caldas da Rainha há cerca de um ano, tendo aberto as portas do café RBL a 20 de abril, na Travessa Infante D. Henrique, 5, em parte do espaço da Pastelaria Infante.
O estabelecimento integra a empresa “RBL”, que é igualmente composta pela marca “Rebel Coffee Roastery”, gerida por Holger, que fabrica café artesanal, e “Rebelle Design”, de Auror.
“Somos rebeldes porque fazemos coisas fora do normal”, conta o ex-gestor de contas e sommelier do ramo da indústria da cerveja.
Trata-se de um “café social” e adepto do estilo de “slow living”, com espaços lounge (com wi-fi e tomadas), onde o cliente “pode sentar-se, desfrutar com outras pessoas”, ou mesmo trabalhar, enquanto bebe um café. Mas não um qualquer, é um café de “especialidade”, com uma “qualidade mais elevada”, relata o casal, que conheceu o conceito na Austrália e na Nova Zelândia, onde está disseminado.
O café é feito com os grãos verdes que são torrados na loja e que também são, posteriormente, embalados e vendidos para o consumidor ou para outros estabelecimentos. São importados diretamente de um produtor, de Minas Gerais, Brasil, que detém um armazém nas Caldas.
Para além da preocupação com a sustentabilidade, patente no sistema de filtração incorporado na máquina de torrefação, há uma aposta em produtos portugueses, desde logo nas duas máquinas de café, que são da Joper e da Fiamma, apesar da fama das italianas.
E também se pretende que os preços sejam acessíveis. “Os nossos preços não são muito altos para o specialty coffee; normalmente, o expresso é um 1,30€/1,50€, e aqui vendo a menos de 1€ [0.95€]”, esclareceu Holger.
A par das dez variedades de café, há Tisana, da Infusa, e Mai Kombucha, fabricado em Leça da Palmeira, para os que não apreciam a iguaria. E, para acompanhar, há bolos e bolachas vegan, sem glúten, ou “normais”, produzidos por pasteleiros locais.
A decoração do espaço esteve a cargo de Auror, e o mural foi pintado pela artista dos Silos, C’Marie, e pelo companheiro, Grito.
O café abre apenas três dias por semana, das 9h00 às 18h00, na quinta e na sexta, e das 10h00 às 16h00, no sábado. A partir de setembro, passa a receber exposições mensais de artistas locais, “de estudantes a artistas consagrados”, workshops sobre torrefação e café, “Da Produção à Chávena”, e vernissages. As novidades podem ser acompanhadas através da página de Instagram @rbl_pt. ■