Leonor Gaião, que venceu o concurso europeu de pastelaria, foi o primeiro caso apresentado no aniversário da escola
Teve lugar, na passada quinta-feira, o almoço comemorativo do 15º aniversário da EHTO. O repasto deu também arranque à iniciativa da escola de apresentar 15 histórias de sucesso de alunos e antigos alunos. A primeira foi a de Leonor Gaião, a jovem de Alenquer que, recentemente, foi à Estónia vencer o concurso europeu de pastelaria.
A aluna partilhou com os presentes a receita que desenvolveu em parceria com um colega belga que conheceu apenas quando chegou a Tallin. “Foi uma boa experiência”, disse a jovem, que fez questão de lembrar e de agradecer a todos os que possibilitaram esta vitória, incluíndo os colegas da sua turma.
Foi em novembro de 2006 que se deu a primeira aula da EHTO, então em Óbidos, para uma turma de 12 alunos. Década e meia depois, a escola tem 250 alunos em nove cursos de dois níveis de ensino (formação inicial e contínua) e tem seguido um caminho de especialização, com a criação de cursos inovadores e únicos a nível nacional. Em 15 anos foram certificados cerca de 1.050 alunos que entraram no mercado de trabalho num setor que tem sido vital para a economia e que “nos últimos dois anos registou um quebra de 25% no número de pessoas que emprega, o que corresponde a menos 100 mil postos de trabalho”, alertou o diretor da EHTO, Daniel Pinto. Antes da pandemia, em finais de 2019, a escola tinha uma taxa de empregabilidade de 94%, sendo entre 10 e 15% no estrangeiro. Um dos grandes desafios é o projeto das novas instalações da escola em Óbidos, especializadas na pastelaria e chocolataria. O diretor da escola fez ainda notar que “as empresas têm que repensar a forma como têm vindo a fazer a gestão dos recursos humanos e têm que valorizar mais estas pessoas que estão na área do serviço, que trabalham muito”. “Os vencimentos e as condições de trabalho têm que ser melhores, porque caso contrário não vamos ter pessoas para estas empresas”, avisa.
A vereadora da Câmara das Caldas, Conceição Henriques, salientou que “esta geração está, invequivocamente, a enfrentar o futuro”, referiu, notando que se vive “uma revolução silenciosa da integração, do fazer bem, do respeito pela natureza e pela multiculturalidade”. A autarca contou, ainda, que ficou curiosa quando soube que uma sobremesa da região tinha sido considerada a melhor da Europa. “Agora sei porque é que recebeu o primeiro prémio”, concluiu. Já Filipe Daniel, presidente da Câmara de Óbidos, referiu a necessidade do ensino “se ajustar às necessidades” do mercado. ■