Hugo Oliveira questionou Marta Temido sobre escolha da cidade para a localização do novo Hospital do Oeste e pediu aumento do número de profissionais no CHO
A UCI destina-se a prestar cuidados de saúde a doentes críticos e representa um investimento de cerca de 1 milhão de euros. Recentemente, a presidente do Conselho de Administração do CHO, Elsa Baião, referiu que esta UCI vai existir apenas numa das três unidades, não divulgando ainda qual delas.
Na pergunta enviada à ministra da Saúde, Marta Temido, no passado dia 13, o deputado caldense justifica esta pretensão com o facto deste hospital constituir um “ponto central entre as cidades de Loures e de Leiria”.
Hugo Oliveira refere também que, do ponto de vista de diferenciação clínica, tanto a Medicina Interna como a Cirurgia do hospital caldense “são mais diferenciadas do que outras alternativas na região”, por possuir uma maior tradição de formação de internos e actividade formativa e científica, assim como uma tipologia de intervenções cirúrgicas com naipe mais alargado. Existem ainda especialidades médicas centradas nesta unidade, com recurso frequente a Cuidados Intensivos, como a Ginecologia, a Obstetrícia, a Pediatria com internamento e a Gastrenterologia, acrescentou.
Dirigindo-se à governante, deixou a recomendação que lesse o relatório da Rede Nacional de Emergência e Urgência de 2012.
Hugo Oliveira alertou, ainda, para a necessidade de contratação de profissionais para o CHO, nomeadamente nas especialidades de Pediatria e Ortopedia. E defendeu que, enquanto as contratações não se efectivam, a entidade possa ter “autonomia para aumentar, se for necessário e transitoriamente, o preço hora para contratação das referidas especialidades médicas”.
Dois dias antes, o mesmo deputado interveio na Comissão de Saúde, defendendo que o facto de estar no horizonte um novo hospital para o Oeste “não deve permitir que se degradem os serviços nos actuais”. “Ninguém entenderá se o novo hospital não for construído nas Caldas”, declarou.
Também a deputada Sara Velez, do PS, denunciou a carência de recursos humanos no CHO, que levou, inclusive, a que não se tenha conseguido preencher a escala na Urgência Pediátrica no hospital das Caldas. A parlamentar caldense alertou ainda para os problemas de falta de pessoal ao nível da Ortopedia e de Anestesia.
De acordo com a ministra, o reforço de recursos humanos para o CHO tem sido feito quase diariamente. “É um dos centros hospitalares que tem recebido maior atenção a esse nível, até pela circunstância de ter evoluído de entidade SPA [Sector Público Administrativo] para EPE [Entidade Pública Empresarial], mas é claro que vamos continuar este caminho”, concluiu a governante.