Estado fixa taxa de visitação nos três euros por pessoa e passa a ser obrigatório o registo numa plataforma
A partir de abril, quem quiser ter acesso à ilha da Berlenga terá que pagar uma taxa de três euros, segundo determina a portaria publicada em Diário da República na passada quarta-feira.
As receitas da taxa turística serão utilizadas para promover as medidas de valorização que estão previstas no plano de investimentos para aquela reserva natural, avaliado em cerca de 3 milhões de euros e com uma duração prevista de quatro anos (iniciados em 2020).
Entre as melhorias previstas está a criação de uma solução para o tratamento de águas residuais e resíduos sólidos na ilha, mas também a substituição da rede de distribuição de água, a requalificação dos equipamentos municipais, o melhoramento e alargamento dos cais de acostagem de embarcações na ilha e ainda a estabilização da arriba por cima da praia.
Do plano fizeram também parte duas ações que visam contribuir para a autosustentabilidade da Berlenga, com a colocação dos painéis solares para captar e fornecer energia renovável e a instalação de um dessalinizador, para o abastecimento de água potável na ilha, evitando assim os transportes constantes do líquido essencial através de embarcações (poupando, assim, nos gastos e também na emissão de dióxido de carbono).
Registo obrigatório
Para visitar as Berlengas, passa agora também a ser obrigatório o registo prévio numa plataforma electrónica, que irá permitir a gestão do número de pessoas em simultâneo na ilha (o limite foi fixado nas 550 pessoas, para minimizar os efeitos do turismo naquele habitat).
A nova taxa é paga no momento do registo prévio para acesso e permanência na ilha.
Os visitantes entre os seis e os 18 anos e os maiores de 65 anos vão pagar metade do valor. Os visitantes com menos de seis anos ficam isentos, tal como os cidadãos residentes em Peniche, os residentes sazonais habituais da ilha, trabalhadores de estabelecimentos comerciais em atividade na ilha, profissionais autorizados a exercer pesca ou animação turística na ilha, proprietários de habitações no Bairro dos Pescadores, tripulantes das embarcações marítimo-turísticas, investigadores autorizados, trabalhadores afetos à manutenção de equipamentos e infraestruturas e os representantes das entidades oficiais.■