Presidente da República destacou qualidades do historiador caldense
O auditório II da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa encheu, ao final da tarde de terça-feira, de amigos de várias áreas e épocas, para prestarem homenagem a João Serra, falecido em 2023. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também se associou a esta homenagem pública ao historiador caldense, caracterizando-o como um cidadão exemplar. “É muito raro ser-se um cidadão exemplar, porque ele foi-o em todas as dimensões da sua vida”, disse, acrescentando que João Serra “não se satisfez com uma escola porque percorreu várias, não se satisfez com um município, percorreu vários, não se satisfez com uma experiência cultural, teve n experiências culturais. Onde podia estar, estava. Inventava causas para além das causas que o inventavam a ele, e em todas elas foi cidadão exemplar”. E, sentia-se “tão bem no Palácio de Belém como em Guimarães, como a preparar a candidatura em Leiria [à Unesco], ou a pensar nas Caldas”, disse, lembrando ainda que João Serra escrevia, “por sistema” em vários jornais da imprensa regional, entre eles a Gazeta das Caldas.
Na cerimónia, que contou ainda com intervenções do jornalista José Pedro Castanheira, do vice-reitor e do docente Augusto Nascimento, o ator caldense José Ramalho fez uma leitura encenada do conto que João Serra escreveu aos netos, intitulado “O mistério das palavras a que faltaram letras”.
No próximo dia 31, pelas 17h00, a homenagem será feita em Leiria, no mIiImo – Museu da Imagem em Movimento, com a apresentação do livro e a participação do presidente da Câmara, Gonçalo Lopes, de José Pedro Castanheira, um dos coordenadores da publicação, e Acácio Sousa, autor do texto “A teia da cidade”.