O Ministério da Cultura anunciou, esta sexta-feira, o arranque da empreitada, de cerca de 3 milhões de euros, com vista à instalação do Museu Nacional Resistência e Liberdade na Fortaleza de Peniche para o mês de fevereiro. A obra deverá estar concluída no primeiro trimestre de 2023, de modo a que este possa ser inaugurado a 25 de abril de 2023, um ano antes das comemorações do 50º Aniversário do 25 de Abril de 1974.
Esta intervenção visa criar um museu “verdadeiramente multidisciplinar”, cuja missão seja a de “contribuir para a preservação da memória histórica da Fortaleza de Peniche e da Luta do Povo Português e, em particular, da Resistência à Ditadura, pela Liberdade e pela Democracia e sua transmissão às gerações mais jovens”.
O projeto museológico do Museu Nacional Resistência e Liberdade deverá ser apresentado em breve, decorrendo do levantamento de toda a documentação e objetos que possam integrar o programa museológico, realizado pelo Instituto de História Contemporânea da Nova, com a colaboração da DGLab, da Fundação Mário Soares, do Centro de Estudos Sociais, entre outros. A documentação será distribuída por núcleos temáticos que contam a história desde a Ditadura Militar, o Estado Novo até 25 de abril, com a guerra colonial em paralelo. O Museu também vai versar sobre as prisões políticas do país, nomeadamente Aljube, Caxias, Sede da Pide, Forte de São João Batista e Campo do Tarrafal.
O projeto de instalação do Museu na Fortaleza de Peniche é coordenado pela Comissão de Instalação dos Conteúdos e da Apresentação Museológica do futuro Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, dando cumprimento à resolução do Conselho de Ministros n.º 73/2017, de 5 de junho. Presidida pelo Diretor-Geral do Património Cultural, integram ainda a CICAM diversas personalidades de reconhecido mérito cultural e científico.
A museóloga Aida Rechena é a primeira diretora do Museu Nacional Resistência e Liberdade, nomeada na sequência do concurso internacional para a direção dos museus, palácios e monumentos nacionais.