Olho Marinho e Amoreira vão ter médico de família

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Os utentes da extensão de saúde da Amoreira (na foto) e do Olho Marinho vão contar com um clínico
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O clínico irá garantir 20 horas semanais, mas cerca de 60% da população do concelho continua sem médico

O médico Fernando Correia, atualmente reformado mas que durante mais de 40 anos prestou serviço no concelho, foi o único até à data a disponibilizar-se para exercer funções em unidades de saúde onde não há médico de família. O protocolo entre a Santa Casa da Misericórdia de Óbidos e o Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Oeste Norte foi firmado no passado dia 7 de fevereiro, passando Fernando Correia a prestar serviço aos utentes do Olho Marinho e Amoreira.
No entanto, esta resposta é “manifestamente insuficiente”, considera o presidente da Câmara, Filipe Daniel, dando nota de que há mais de quatro mil pessoas sem médico de família no concelho. Com uma população de 9870 utentes, Óbidos tem necessidade de sete clínicos, no entanto o ano passado apenas contava com cinco e, desde janeiro, ficou apenas com dois, a que se veio juntar Fernando Correia, no âmbito do protocolo estabelecido. “Esta é uma das necessidades prementes que temos para o nosso território e precisamos de ver as possibilidades a curto prazo, não só através destes protocolos mas também continuar a insistir junto do ministério da Saúde na questão das vagas carenciadas”, disse o autarca à Gazeta das Caldas.
O concelho tem tido dificuldades em atrair e manter médicos. Filipe Daniel salienta que Óbidos, tal como a região Centro e Sul, têm menos capacidade de atração do que o Norte, que atualmente regista uma taxa de ocupação de clínicos na ordem dos 98%, devido às condições que apresenta para desenvolverem o seu percurso profissional.
No caso deste concelho, a falta de condições do Centro de Saúde de Óbidos (que deverá começar a ser requalificado em breve) e o facto de não haver uma Unidade de Saúde Familiar, ainda torna mais difícil a fixação dos profissionais de saúde.
“Já falámos com mais de 15 clínicos e é difícil conseguir que venham para Óbidos. Também não há uma muito boa relação entre os médicos e o ACeS Oeste Norte, mas esperemos que de futuro possa melhorar”, concluiu o autarca.

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