Diversos convidados participaram na primeira aula do ano na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste
Na passada terça-feira (30 de setembro) a aula das 10h00 na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO) foi especial, foi a aula inaugural para assinalar o Dia Mundial do Turismo. Dirigindo-se aos alunos, o diretor da escola, destacou a importância de valorizarem o seu percurso profissional mas também dar um sinal claro da importância do turismo para a economia e desenvolvimento da região.
“O turismo apoia uma transformação sustentável também através da criatividade e da imaginação”, salientou Daniel Pinto, dando nota do sentimento de comunidade e partilha da arte, cultura e turismo.
Presente na cerimónia, a vereadora Conceição Henriques, começou por destacar que “temos o mundo todo presente nesta escola”, um motivo de celebração para a autarca porque estão num sítio onde se educa e passa o testemunho. Referindo-se à temática da aula “Turismo e Transformação Sustentável”, entende que a sustentabilidade é o fim, não o meio ou o princípio. “Atualmente no mundo existem 8,2 mil milhões de cidadãos, quando nasci, em 1963, o mundo tinha 3,2 mil milhões. Em 60 anos quase que triplicou o número de habitantes no mundo e acho que isso deve ser um sinal que somos demais para o planeta que temos”, explicou, fazendo notar que o mundo tem um problema de sustentabilidade.
Uma atividade como o turismo, que está a ficar cada vez mais massificada, tem responsabilidades, acrescentou, pedindo racionalidade na resolução do problema. Na sua ótica, o turismo será sustentável se aumentar a sua qualidade e profissionalismo, reduzir o número de pessoas que viajam e aumentar o custo do turismo. “O turismo tem de ser melhor e mais caro, e não tão massificado”, disse a autarca, defendendo uma alteração de paradigma. “Eu vou viajar menos porque vou viajar melhor, onde haja alguma coisa que acrescente algo à minha vida”.
E deu exemplos da massificação do turismo. A cidade de Florença, em Itália, “soçobrou debaixo do seu próprio peso, onde já não apetece ir pois não se encontra um prato ou uma tradição local”. Pediu coragem para reverter a situação, ao nível das autoridades, dos empresários para perceberem a sua maior força é a autenticidade, e a identidade.
Por outro lado, considera que as Caldas tem condições para ter um turismo sustentável porque tem termas, cultura viva e turismo de natureza. “Analisem muito bem a vossa atividade e contribuam com esta forma inteligente de olhar para ela” aconselhou aos jovens alunos.
De acordo com Elisabete Félix, do Turismo de Portugal, “o turismo também envolve responsabilidade social, ambiental e económica”, chamando a atenção para a sustentabilidade. Esta traduz-se em criar valor para a sociedade, proteger os recursos, mas também garantir que as experiências continuam a ser vividas, explicou.
A responsável partilhou o objetivo ambicioso de tornar Portugal “um dos destinos mais sustentáveis e competitivos do mundo”, explicando que e foi nesse contexto que surgiu o programa Empresas Turismo 360º, que desafia as empresas a incorporarem critérios que traduzem práticas sociais, ambientais e de governação.
O trabalho desenvolvido pela OesteCIM, nomeadamente no que respeita às políticas públicas, foi explicado por Pedro Ferreira. O responsável falou da importância do alinhamento estratégico dos 12 municípios, dando o exemplo da onda da Nazaré, em que atualmente o circuito mundial de surf de ondas gigantes cinge-se a Portugal e à Nazaré, “e isso é algo que pode aumentar a notoriedade da região e todos os municípios beneficiam”.
Na sessão participaram ainda diversos responsáveis com empresas, na região, ligadas ao turismo, como foi o caso da Agência de Viagens Luísa Todi, da Travelife e da Real Abadia Congress & Spa Hotel, bem como a representante da ABAAE.
A EHTO conta este ano letivo com 260 alunos, dos quais 116 frequentam a Formação Inicial (nível IV e V) e 144 alunos frequentam a Formação Executiva.































