Fado à La Carte lotou o Centro Cultural

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O público solicitou aos músicos vários encores, após os agradecimentos finais
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Fado à La Carte esgotou o CCC e contou com uma surpresa: uma canção dedicada às Caldas da Rainha

No sábado à noite, o fado subiu ao palco do CCC, com o concerto Fado à La Carte.

As composições das canções deste projeto são do caldense Jorge Mangorrinha – que nos seus poemas evoca os diferentes pratos de uma refeição de gastronomia portuguesa.
Aos textos do caldense juntaram-se as composições do maestro Tiago Machado e a voz do cantor FF.

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Em palco juntaram-se ainda as sonoridades dos violinos, viola de arco, violoncelo, contrabaixo, percussão e piano. E como não poderia faltar, a guitarra portuguesa, tocada por José Manuel Neto.

Logo no início do concerto, o ator José Ramalho leu um texto de Jorge Mangorrinha que deu a conhecer ao público que de Fado à la Carte fazem parte uma dezena de temas que “cria uma história que atravessa os passos de uma refeição imaginada e de uma ementa à portuguesa”.

O fado e a gastronomia juntam-se à mesa, “com propostas que saúdam a música e a alimentação em Portugal e que já ultrapassaram fronteiras”.

O anfitrião disse ainda que “o tempo é pautado, tanto pela azáfama dos pratos a preparar todos os dias, como pelo prazer de comer, com parcimónia ou ligeireza”. E o espaço induzido “é diverso, consoante se esteja à mesa ou ao balcão, dentro ou fora da morada, na casa de pasto ou num hotel”.

Os tempos e os espaços mudam, “mas há sempre quem cozinhe para nós e se baseie nas tradições ou na contemporaneidade. E esse lugar mágico é onde nascem os pratos. A cozinha é como uma espécie de estúdio para quem prepara refeições, tal como para quem grava canções”. O resultado “é verdadeiramente delicioso”, garantiu o anfitrião.

E de facto o público gostou e aplaudiu cada uma das canções apresentadas tais como “Entrada”, As sopas”, “Fado à la Carte”, Bife à portuguesa”, “Fado do Café” ou “A Conta”.

“O projeto, o concerto e o disco são inéditos e um exemplo de persistência”, explicou Jorge Mangorrinha tendo acrescentado que “difícil foi conseguir a sensibilidade e a disponibilidade por parte da Câmara Municipal e do CCC, porque sempre defendemos o interesse de o concerto vir a ser nas Caldas e não em Lisboa ou no Porto, como podia ter acontecido”.

O autor estava muito satisfeito por o centro cultural ter lotado, não só com gente da região, mas também com outros que vieram de longe.

O CCC “recebeu gente do Porto e de Lisboa, “que, certamente, vieram porque também sentiram que este era um concerto singular”, acrescentou. Globalmente, o caldense considera que este trabalho “é um exemplo de como a cultura musical não pode deixar de ser servida com bandeja de prata e não apenas em prato descartável”. Mesmo no final, Mangorrinha prestou homenagem ao seu pai, que também foi músico.

Para os caldenses houve uma surpresa no final da atuação: foi interpretada “Carta das Caldas”, um tema dedicado à cidade que recebeu a apresentação ao vivo deste projeto. Gazeta das Caldas publica a composição desta nova canção, cedida pelo seu autor.

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