Banda alcobacense levou mil pessoas ao Claustro do Rachadouro no encerramento do festival de música clássica
“Coral”. O último álbum dos The Gift foi apresentado na noite de domingo no Claustro do Rachadouro do Mosteiro de Alcobaça, no encerramento da 31ª edição do Cistermúsica. A banda atuou “28 anos depois de nos apresentarmos, num claustro do Mosteiro, aqui ao lado”, lembraram. O objetivo passa por apresentar o “Coral”, que foi um desafio, em vários monumentos. Por agora, contam já com 29 teatros completamente esgotados e a segunda edição do álbum prestes a esgotar. “Mal sabíamos, há 28 anos, que iríamos estar aqui”.
O álbum inclui parcerias com os Pauliteiros de Miranda e os Gaiteiros de Lisboa.
No final, Rui Morais, presidente da ABA – Banda de Alcobaça Associação de Artes, fez um balanço muito positivo desta edição, com “muitos concertos esgotados, não só na área da música clássica, que é a nossa programação principal, mas também na programação Outros Mundos”. Nesse campo, além do concerto de encerramento, com os The Gift, “que foi a cereja em cima do bolo dessa programação”, houve novidades, com o Jazz no Bosque, ao sábado à tarde, “que foi um sucesso”. Na programação principal, “foi mais uma vez o maior festival de música clássica do país”, afirmou, notando que foi o primeiro que não dirigiu no terreno, por motivos profissionais. “Vi toda a equipa a assumir o festival e estou grato”, disse. Ao longo do ano, a equipa tem cerca de oito pessoas, mas quando o festival decorre esse número multiplica-se, com os voluntários, equipas técnicas, etc. “E atenção que a Banda de Alcobaça não organiza apenas este festival. A seguir temos o Gravíssimo e depois teremos uma novidade com o regresso de um grande festival feito com a nossa produção, que é de outra tipologia, mas na área da música e noutro município do Oeste. É um festival que marcou a cena da música erudita há uns e que foi interrompido”, mas “que deixou saudades na região Oeste”. O objetivo é “que regresse com grande qualidade e fez parte da nossa candidatura à Direção-Geral das Artes”. Atualmente está a ser ultimado para ser apresentado.
Nos cerca de 50 eventos, alguns fora de Alcobaça, superaram-se os números da edição anterior, atingindo um número próximo das dez mil pessoas. Para as próximas edições pretendem continuar a trabalhar a temática da música no feminino e as histórias de Pedro e Inês e “trazer grandes referências do panorama internacional”, para, dessa forma, “afirmá-lo cada vez mais como um festival de qualidade a nível internacional”concluiu. ■