Documento prevê maior abertura para troca de atletas
O Caldas SC e o Clube Desportivo Rainha, um novo clube que nasce no âmbito da Academia de Futebol Victor de Sousa, assinaram um protocolo de colaboração com o qual unem esforços no desenvolvimento do futebol de formação nas Caldas da Rainha.
O protocolo foi assinado na passada terça-feira, no Campo da Mata, pelos presidentes dos dois clubes, Rodrigo Amaro e Victor de Sousa, que explicaram o que, agora, os une.
“Nos últimos anos nunca houve um protocolo entre clubes formadores nas Caldas da Rainha”, começou por enunciar Rodrigo Amaro, presidente do Caldas, acrescentando que este a existência deste tipo de acordo é também “um critério importante para a certificação na FPF”.
O protocolo vai aproximar os dois clubes na vertente de formação e define as linhas gerais dessa relação. “Cria uma simbiose e torna mais claro esse trabalho, pode haver trocas de jogadores, cria-se maior abertura para a observação de jogadores e para o encaminhamento de atletas um clube para o outro”, explicou Rodrigo Amaro.
Com uma maior relação de abertura entre clubes, “pretendemos melhorar formação no concelho”, sublinha Rodrigo Amaro, o que “é o objetivo essencial deste protocolo”.
Victor de Sousa, presidente do CD Rainha agradeceu a abertura de Rodrigo Amaro para a criação deste protocolo, afirmando que desde que fundou a sua escola de futebol tem tentado esta aproximação, que só agora foi possível firmar. “O objetivo sempre foi esse, haver maior ligação com o Caldas, até porque fui atleta do clube muitos anos”, disse.
Apesar do CD Rainha estar a começar do zero, tem a bagagem dos 20 anos de experiência da escola. Além da cooperação entre os clubes, Victor de Sousa disse esperar que se acabe, assim, com as ideias de que um atleta só joga em determinado clube.
“É uma ideia que já vem de trás, não existia nas Caldas, mas existe noutros locais e é benéfica para todos”, sublinha Carlos Santos, coordenador técnico do Caldas, que sublinhas a observação de Victor de Sousa de que é necessário “quebrar mitos do só jogo aqui ou ali. O atleta pode ser mais feliz noutro lado e é preciso ter as portas abertas”, mas também acabar com situações “de esconder ou não deixar ir o jogador”.
O protocolo é válido para todos os escalões de futebol. Em conjunto, os dois clubes movimentam cerca de 500 jovens nos escalões de formação. ■