Bola de Pedro Faustino ao poste podia ter decidido a favor do Caldas, mas a partida foi muito disputada e não abundaram muito mais oportunidades. As duas equipas continuam igualadas.

Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Eduardo Ribeiro, AF Aveiro
Assistentes: Pedro Assunção e Pedro Freitas
caldas 0
Luís Paulo [7]; Juvenal [7], Militão [7] (C), Gaio [7] e Farinha [7]; Yordy [7], Pedro Faustino [7] e André Santos [7]; Januário [7] (Ruca [4] 75), Hugo Neto [7] (Ricardo Isabelinha [4] 83) e Bruno Eduardo [7]
Não utilizados: Francisco Vieira, Passos, Marcelo, Paulo Inácio, Karim Labdi
Treinador: José Vala
sertanense 0
Leandro Turossi; Tito Júnior, Diogo Marques, Duarte, Ariano Sanches e Milhazes; Hamed Doukouré, Bruno Torres e Ouattara (Marquinhos 86); Lucas Salinas (Filipe Gustavo 90+2) e Ka Semedo (Sevivas 78)
Não utilizados: Pedro Simões, Nuno Ascensão, Scara, Jailson
Treinador: José Bizarro
Disciplina
Amarelo: Januário 53’, Farinha 66’, Ariano Sanches 73’, Leo Turossi 90’+3
Após a goleada ao Fontinhas faltaram os golos para desbloquear este Caldas-Sertanense, que começou e acabou com as duas equipas empatadas na classificação.
Diz o povo que em equipa que ganha não se mexe. José Vala levou o ditado à letra, até porque a equipa do Caldas vinha de um desempenho muito positivo com resultado a condizer.
E o início da partida por muito pouco não deu continuidade à forma objectiva como a equipa alvinegra se tinha apresentado na semana anterior. Num lance em que Juvenal ganhou uma bola no ataque, levou para a área e assistiu Bruno, que só não marcou por influência do central Duarte.
Os primeiros 10 a 15 minutos tiveram superioridade da equipa caldense, que procurou surpreender uma equipa que tem primado por construir o seu jogo a partir de uma forte organização defensiva, que se impôs a partir daí.
Apesar de se apresentar num sistema de três centrais, com dois médios imediatamente à sua frente, o Sertanense conseguia esticar o bloco de modo a não deixar o Caldas pensar o seu jogo a partir de trás e ainda conseguiu lançar rápidas transições, sempre pela esquerda por Milhazes ou Salinas, com Ka Semedo a desperdiçar por duas vezes.
O Caldas ficou “preso” quase todo o resto da primeira parte, mas soltou-se a tempo de ver o que seria um belo golo de Pedro Faustino negado pelo poste.
Na segunda parte o Caldas acertou melhor o seu posicionamento, expondo-se menos às mudanças de velocidade do jogo do Sertanense, mas continuou a ter dificuldade em bater a boa organização defensiva do adversário.
Isso só começou a acontecer nos últimos 20 minutos e por intermédio de transições ofensivas, quando o Sertanense perdeu a frescura para ser tão eficaz a reagir à perda de bola. Um remate de André Santos ainda pôs Leo Turossi à prova, e houve ainda outro lance em que o Caldas não conseguiu aproveitar um erro caricato no interior da área do Sertanense.
Melhor do Caldas
Pedro Fauslimo 7
Teve a missão de coordenar o jogo ofensivo da equipa perante um adversário muito competente na pressão sobre o portador da bola, o que o tirou do jogo durante alguns momentos, sobretudo na primeira parte. Mesmo assim teve nos pés o lance que ficou mais próximo do golo.
HUGO NETO, JOGADOR DO CALDAS

Merecíamos a vitória
Tivemos o remate ao poste do Faustino, na segunda aquela confusão na área deles. Também foi bom termos deixado a nossa baliza a zeros, mas acho que fizemos mais do que suficiente para ficarmos com os três pontos. Eles têm uma equipa aguerrida e intensa, nós tínhamos que ser iguais ou mais ainda e acho que conseguimos. A época começou um pouco atribulada, não estava a conseguir fazer golo, mas o importante é que alguém faça. Foi bom ter feito o hat-trick, mas só quero ajudar a equipa, fazendo golos ou não, embora marcar tenha um gosto especial.
JOSÉ VALA, TREINADOR DO CALDAS
Jogo intenso
Foi um jogo intenso, o Sertanense tem essa intensidade, é fortíssimo nas transições e procurámos estar atentos para não sermos surpreendidos por essas transições. Entrámos bem, mas depois o Sertanense começou a pressionar mais alto e não aproveitámos os espaços que podiam surgir pelos corredores laterais. Tivemos o lance do Pedro Faustino ao poste, mas o Sertanense esteve melhor até ao intervalo. Na segunda parte corrigimos e penso que dominámos, houve oportunidades para os dois lados, talvez mais para nós, mas aceita-se o resultado.
BIZARRO, TREINADOR DO SERTANENSE
Pontuar fora é bom
Nos primeiros cinco a 10 minutos estivemos nervosos, depois equilibrámos e tivemos a melhor oportunidade da primeira parte. É um resultado que se aceita, embora qualquer equipa pudesse ter ganho também.