O Clube de Ginástica dos Bombeiros realizou o seu sarau de gala, que mobilizou mais de 300 atletas e levou ao Pavilhão da Mata cerca de duas mil pessoas em duas sessões repartidas pela tarde e a noite de sábado.
Os ginastas mais jovens do clube fizeram o seu espectáculo durante a tarde, sob o tema da Primavera. Ao longo de pouco mais de uma hora evoluíram os escalões de 2, 3, 4 e 5 anos de idade, que fizeram duas animadas e coloridas coreografias, um percurso de solo e saltos no duplo-mini trampolim.
Nessa sessão da tarde, com cerca de 500 pessoas na bancada, actuaram ainda as duas classes de iniciação do ballet.
Depois do jantar, pelas 21h00, foi a vez dos mais crescidos tomarem conta do palco. Este ano o sarau voltou a ter um tema aglutinador, que foi a Humanidade. Ao longo de cerca de três horas as sete classes de ginástica (dos 6 aos 15+) e as de ballet contaram de uma forma muito própria a evolução do ser humano e da sociedade.
A estória começou a ser contada pelas classes de ballet, juntando as alunas de iniciação com as de ballet fitness, que desenvolveram uma coreografia alusiva aos quatro elementos (terra, ar, água e fogo), cuja junção e interação criou a vida.
Depois foi a vez dos ginastas tomarem conta do espectáculo e da evolução da humanidade, desde a chegada dos hominídeos ao futuro com a inteligência artificial, passando pelo despertar da inteligência, da consciência, a revolução cultura, as guerras, a paz, entre outras questões e desafios da sociedade, inclusivamente a emancipação da mulher.
Um espectáculo sempre com grande ritmo, sem tempos mortos, e conjugando bem as classes mais pequenas com as mais crescidas, o que deu homogeneidade ao espectáculo.
Este ano houve uma grande preocupação com a parte cénica, com uma exibição multimédia no pano de fundo sempre de acordo com o que se passava em cima do praticável.
Este espectáculo da noite encheu por completo a bancada do Pavilhão da Mata, que tem capacidade para 1500 pessoas.
João Franco, professor responsável pelo Clube de Ginástica dos Bombeiros, realçou o salto qualitativo do espectáculo, mas também o aumento substancial do número de atletas. “É um trabalho que tem sido consolidado nos últimos anos, mas que neste deu um salto muito grande, estamos com 310 atletas e a indicação que temos é que nas Caldas só o Caldas SC tem mais. É algo que nos deixa entusiasmados, mas também responsabilizados”, observou.
O acréscimo do número de atletas deixa as actuais instalações do clube, no Salão Henrique Sales, muito próximo da capacidade máxima. “Temos que nos reinventar para estabelecer os horários, porque são muitas classes e estão todas cheias”, realçou.
Evolução importante para este ano foi a aquisição de um novo praticável composto por sete rolos, que veio substituir o anterior piso que era constituído por colhões. João Franco agradeceu o apoio da Câmara das Caldas, nas pessoas do vereador Pedro Raposo e do presidente Tinta Ferreira. “Temos aqui algum material com 40 anos, temos aparelhos que precisam de manutenção diária para garantir a segurança dos nossos ginastas, por isso é de louvar a iniciativa da Câmara na renovação do material”.
No início do espectáculo, João Franco pediu à plateia para reparar na alegria com que os pequenos atletas iriam realizar as suas actuações, o que se confirmou em pleno. O professor defende que a actividade dos bombeiros é uma prática para todos, não competitiva, pelo que essa alegria é mesmo a principal vitória tanto para os jovens, como para os professores.
João Franco deixou uma nota de agradecimento para o corpo de bombeiros, para os funcionários da Associação Humanitária e para o staff da autarquia das Caldas pelo apoio na montagem, desmontagem e transporte do material para o pavilhão, e às empresas que ajudaram à montagem, nomeadamente a cabeleireira Ana Saramago, que penteou cerca de 50 atletas gratuitamente, e a SEO Audiovisuais, que garantiu a componente de luz, som e imagem do espectáculo.