A Associação Empresarial das Caldas da Rainha e Oeste (ACCCRO) decidiu prolongar a atividade do comboio de Natal até esta sexta-feira, como resposta à “grande procura” registada nesta quadra natalícia, mas também como forma de “compensação” pela decisão de não instalar a pista de gelo e o carrossel, iniciativas que faziam parte do programa “Caldas, Rainha do Natal”.
“Nunca tínhamos tido uma afluência tão grande ao comboio de Natal”, revela Luís Gomes. O presidente da ACCCRO explica que a decisão de alargar a atividade por mais quatro dias foi, também, uma forma de “adoçar a boca aos mais jovens”, num período de férias escolares e em que as famílias procuram atividades ao ar livre.
As crianças até aos 12 anos não pagam bilhete, mas as famílias acabam por aderir à iniciativa, nota o dirigente. “Abdicamos da receita, mas entendemos que, sendo um projeto com a Câmara Municipal, não fazia sentido cobrar bilhete até essa faixa etária. E com isso temos tido o comboio está sempre cheio com os jovens e os familiares”, salienta Luís Gomes, sublinhando, ainda, o impacto que a alteração do circuito suscitou.
“Alargámos a volta e o comboio passou a chegar à freguesia de Santo Onofre e Serra do Bouro e as pessoas não estavam habituados a ver o comboio naquelas paragens”, frisa o presidente da associação comercial, que se mostra agradado com o impacto do programa de animação este ano.
“Tem havido uma grande interação com os parceiros e as pessoas estão muito atentas ao projeto”, aponta Luís Gomes, salientando a “aposta no marketing”, que tem permitido às Caldas da Rainha “continuar a ser uma referência no comércio local”.
Ainda sem números oficiais, o presidente da ACCCRO reconhece que “apesar de uma grande afluência” de visitantes à cidade, “sobretudo nos dias que antecederam o Natal”, o volume de negócios para os comerciantes “pode ter ficado abaixo do esperado”. “É cedo para fazer comparativo com o Natal do ano passado. Senti que as pessoas queriam andar na cidade, mas não notei uma grande procura pelas compras”, salienta o dirigente, para quem a marca das Caldas no comércio “é reconhecida e é necessário continuar a investir”. ■