Empresa angariou 72 milhões para impulsionar crescimento
A Tekever teve um ano de 2024 de expansão, inclusivamente fora do país, e o centro de desenvolvimento que tem nas Caldas da Rainha não é exceção, com a empresa a ter em vista a ampliação das instalações que tem na cidade termal.
A intenção foi revelada pelo CEO da empresa, Ricardo Mendes, numa reportagem realizada pela agência Lusa. A Tekever instalou-se inicialmente na região no concelho de Óbidos, mas fixou-se nas Caldas da Rainha, onde é desenvolvida a componente tecnológica dos produtos da empresa. Na Zona Industrial já ocupa dois edifícios e prepara-se para se expandir para um terceiro, revelou Ricardo Mendes.
Uma outra reportagem, do jornal Expresso, destaca a especialista em sistemas aéreos não tripulados, drones, como uma das empresas nacionais que mais angariou investimento no ano passado. Em novembro assegurou um financiamento de cerca de 72 milhões de euros numa ronda liderada pela Baillie Gifford, com a participação do Fundo de Inovação da NATO, do National Security Strategic Investment Fund (NSSIF), da Crescent Cove, da Iberis Semper e da Cedrus Capital.
Este investimento visa impulsionar o crescimento da empresa, permitindo avanços em pesquisa e desenvolvimento para inovação de produtos e expansão da capacidade de produção. Já líder no mercado europeu, a empresa liderada por Ricardo Mendes planeia ampliar a sua presença global para atender à crescente procura pelos seus produtos e serviços.
A empresa tem como clientes governos, agências civis e militares e empresas privadas. Na Europa, monitorizam o Canal da Mancha e a costa portuguesa. Na América do Norte, os drones da Tekever monitorizam infraestruturas de petróleo e gás e atuam na prevenção de incêndios. No Norte de África, vigiam as águas ao largo da costa para detetar pirataria e efetuam missões de vigilância de oleodutos. Mas tem sido pela ação no teatro de guerra ao serviço da Ucrânia que a Tekever mais tem chegado ao grande público.
Atualmente com 800 pessoas de mais de 20 nacionalidades, Ricardo Mendes destacou à Lusa que o objetivo é terminar este ano acima dos 1000 postos de trabalho. As receitas duplicaram em 2023 e 2024. Só a massa salarial em Portugal atingiu os 25 milhões de euros e a expectativa que este ano ascenda aos 40 milhões. “Na Tekever, o salário mínimo é de 1.000 euros, ninguém, desde o setor da limpeza, aos escritórios, ao trabalho mais especializado, ganha abaixo desse valor”, disse o CEO da Tekever. ■