U-Deck celebra 15 anos em fase de grande vitalidade

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Sónia Rafael e Ricardo Gomes são os responsáveis pela empresa
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Empresa nasceu da atividade de Ricardo Gomes, teve primeira loja numa garagem e está hoje bem estabelecida nas 100 maiores do seu setor

A U-Deck é hoje uma empresa de referência a nível nacional na comercialização de pisos e revestimentos de madeira e também nos decks, fez este ano 15 anos e de uma garagem na Rua 15 de Maio deu o salto para ter lojas em Lisboa e no Algarve, além da base na Zona Industrial das Caldas da Rainha, onde há planos para novas instalações.
As raízes da U-Deck recuam até 1999, quando o fundador Ricardo Gomes começou a trabalhar na venda de pisos de madeira para uma empresa da região. Em 2006, começou a trabalhar por conta própria, como agente de marcas, mas teve que adaptar a sua atividade e o seu negócio em plena crise da construção. “Os meus clientes eram, essencialmente, armazenistas e obras grandes. Houve uma baixa grande no volume de vendas e senti necessidade de ter um negócio mais pequeno, mais adaptado à realidade”, conta Ricardo Gomes. A empresa surgiu, então, em 2009, primeiro ainda em nome individual. O nome U-Deck só surgiria um pouco mais tarde.
A necessidade de ter uma loja física surgiu após o desafio lançado pela empresa Ecohouse de colaborar na construção de uma casa ecológica para a Feira de São Mateus, de Torres Vedras. “Dentro dos parceiros nessa construção, houve pessoas que quiseram vir às Caldas comprar produtos à minha loja e eu não tinha loja, improvisei três exposições na garagem do prémio dos meus pais, e percebi que poderia ser importante ter um espaço físico”, recorda o empresário.
Desse espaço, passou então para a primeira loja física na Quinta da Cutileira, e foi então que surgiu o nome U-Deck. O nome deve-se ao crescimento que os decks estavam a ter nessa altura. “Estávamos a trabalhar com este produto, para o qual havia margem de crescimento, e claramente acertámos, porque nos tornámos uma empresa de referência neste mercado”, afirma.
O mercado da construção estava em recuperação após a crise e a empresa foi crescendo e começou a ter necessidade de ter espaço de armazenamento. Começou por alugar um armazém, mas em 2013 adquiriu as instalações onde tem hoje sede, na Zona Industrial. Nessa altura, a empresa expandiu-se com a primeira loja em Lisboa, onde estava o grosso do negócio.
“Fomos tendo representações e foi também uma altura que houve necessidade de organização e de consolidar a equipa”, diz Ricardo Gomes. Sónia Rafael já ajudava nessa parte, integrou a equipa “e depois foi ela que pegou nesta parte da organização da empresa”, salienta.
O desenvolvimento trouxe progresso à U-Deck, que ganhou representação exclusiva para Portugal de três grandes marcas internacionais, a primeira delas, a inglesa Havwoods, em 2015. A representação das marcas potenciou o crescimento da empresa, que “durante muitos anos teve um crescimento médio na ordem dos 15% ao ano”, realça Sónia Rafael.
Mas o grande salto deu-se em plena pandemia, quando a U-Deck ganhou uma obra de grandes dimensões, uma torre em Lisboa. “Foram 17 mil metros de piso, que tínhamos que ter um volume muito grande em stock. Se quando entrámos nestas instalações pensámos se alguma vez íamos precisar de tanto espaço, agora manifestamente não chegava para as necessidades. O armazém em frente estava disponível e foi um salto de fé, decidimos adquiri-lo”, conta a diretora administrativa da empresa.
Com essa grande obra e a restante atividade, em 2021 a U-Deck tem um crescimento superior a 40%. “Desde então temos conseguido manter o volume de vendas”, diz Ricardo Gomes, que atualmente se cifra na ordem dos 4 milhões de euros.
No ano seguinte, a empresa caldense muda de localização em Lisboa para uma nova loja nas Amoreiras e juntou uma nova localização no Algarve, em Portimão, em parceria com uma empresa local. Além destas lojas, a U-Deck apostou ainda na revenda e expandiu-se já para o mercado da Madeira, nesta vertente.
Além da venda, a empresa caldense apostou também, já este ano, em ter equipas próprias para aplicação, de modo a garantir a qualidade não só do produto, mas também do trabalho final. Este ano a equipa já triplicou e tem atualmente 20 colaboradores.
O crescimento da atividade levou ainda à criação de uma nova empresa, a U-Deck Trade, exclusivamente para fazer a importação de produtos e fazer revenda.
“Com a crise, sentimos necessidade de estar no mercado para todo o tipo de clientes. Adequar a oferta tanto para o cliente final, como para um distribuidor que quer trabalhar com as nossas marcas”, refere Ricardo Gomes.
Além disso, a U-Deck tem ainda um conjunto de marcas próprias, tanto para as madeiras, como para os decks, incluindo um deck de bambu.
A sustentabilidade é uma das bandeiras da empresa, que há cerca de cinco anos começou a substituir os produtos de madeiras exóticas por materiais sustentáveis, quer o bambu, quer os materiais compósitos altamente recicláveis. Nos seus processos diários, foram implementadas políticas de separação de lixos e a frota da empresa, atualmente com 14 veículos, já é maioritariamente elétrica. “Só mantemos a combustão as viaturas de distribuição de mercadorias que não têm autonomia para as necessidades”, sublinha Ricardo Gomes.
A empresa tem ainda instalada uma estação fotovoltaica para produção de energia, que é partilhada com os colaboradores. “Estamos a fazer uma experiência com o pessoal do escritório para que possam ter carros elétricos para uso pessoal em que a carga das baterias é feita com a energia solar que produzimos, o que é um benefício que acresce ao salário”, refere Ricardo Gomes.
A responsabilidade é algo visto com seriedade na empresa, que foi recentemente premiada por aplicar políticas de igualdade salarial entre géneros.
Nos planos está agora uma nova mudança de instalações nas Caldas da Rainha, para centralizar os escritórios e a exposição no mesmo edifício. “Contamos ter o projeto de arquitetura pronto até ao final do ano, mas o plano é ter as obras prontas daqui a três ou quatro anos. A empresa está a funcionar, por isso não temos pressão nesse sentido”, conclui Ricardo Gomes. ■

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