
Evento Fora da Caixa Live juntou, na Expoeste, dezenas de convidados que partilharam boas práticas e experiências
“Nós não somos números, mas muitas vezes somos tratados como tal. Como é que eu me posso sentir a vestir a camisola de organização se a organização me trata como um número”, questionou Diana Henriques, Diretora de Arbitragem na Federação Portuguesa de Futebol. A oradora, convidada a falar sobre “A Força da Conexão para Transformar Organizações”, no evento Fora da Caixa Live 2025, que decorreu a 22 de maio, na Expoeste, defendeu a necessidade de empatia e de “calçarmos um bocadinho os sapatos dos outros”. Diana Henriques considera que se todos nós “nos humanizarmos mais, fomos mais empáticos, certamente que as conexões que criamos serão muito mais genuínas e muito mais positivas”. A diretora de arbitragem da FPF foi a última oradora do evento que explorou o valor da relação humana nas empresas e a conexão como ponto chave para o sucesso de uma organização.
Ao início da manhã, Sérgio Guerreiro, consultor de performance mental, destacava que o ser humano gere-se por emoções e que mesmo as decisões racionais têm sempre uma base emocional. O também fundador da Coaching Desportivo, considera que as empresas têm muito a aprender com o desporto ao nível da gestão de motivação de equipas e foco no resultado. “Nas empresas há uma tolerância maior para a não produção do que no desporto”, deixando diversas “dicas” a ser seguidas pelas organizações. Sérgio Guerreiro usou ainda o exemplo do desporto, referindo-se aos muitos treinadores portugueses espalhados pelo mundo, para mostrar a capacidade de estabelecer conexões.
Em destaque estiveram ainda o impacto da tecnologia nas relações humanas no trabalho, como inspirar e alinhar equipas no mundo atual e a sucessão e as novas realidades da empresa familiar, entre outros temas, que reuniram dezenas de convidados. Com os muitos avanços tecnológicos, a criação de laços torna-se fundamental para permitir o bem-estar psicológico dos colaboradores, o desenvolvimento das suas competências e, por consequência, o desenvolvimento da própria organização, considera a organização que, no final do encontro partilhou sete ideias. Estas passam pela importância do código de valores na liderança e do facto de sermos escutados e de ter significado no que se faz. A flexibilidade é determinante nas relações, a importância de “escarafunchar” no interior, de acautelar a sucessão e a identificação com a cultura organizacional, foram as restantes ideias apontadas por Joaquim Duarte, do Grupo SD (Sentidos Dinâmicos).
O evento Fora da Caixa voltará a 21 de maio de 2026.