A maioria dos representantes partidários ouvidos pela Gazeta das Caldas entende que a atual crise política podia ter sido evitada, defendendo uma maior estabilidade no país. No entanto, “não podemos ser governados por um Primeiro Ministro que tem a sua idoneidade sob suspeita”, entende o líder da concelhia do PS, ao passo que o dirigente do PCP lembra que o seu partido apresentou a moção de censura com o objetivo de afirmar que “a política do governo não merece confiança”. O BE fala da falta de legitimidade política de Luís Montenegro para continuar como primeiro-ministro, após tentar impor uma moção de confiança ou forçar eleições antecipadas, enquanto que o Chega questiona como é possível que “um primeiro-ministro cujo governo caiu e pelas razões conhecidas ainda tenha condições para uma eventual recandidatura”?
O CDS e o PSD falam do “bom trabalho” feito pela coligação nestes 11 meses e realçam a atenção dada à região.
Também sobre as consequências que a crise política trará para os projetos estruturantes para a região as visões são contraditórias. Enquanto que para uns dirigentes a queda do atual governo põe em causa decisões tomadas e atrasará a execução de outros, há quem a veja como uma oportunidade para mudar de rumo, colocando a solução nas mãos dos eleitores. O novo Hospital do Oeste, por exemplo, foi destacado por praticamente todos os dirigentes como um dos projetos que se continua a arrastar… ainda que, com otimismo, a IL entenda que o adiar desta decisão permita que haja “tempo para que o nosso concelho se torne suficientemente atrativo e a sua escolha seja inegável”