Nadadouro, zona industrial e Céu de Vidro são locais de eleição para muitos caldenses
O Carnaval é diversão e, para tal, muito contribui a existência dos bailes que, por estes dias, proporcionam a animação que os foliões procuram. No concelho das Caldas há, pelo menos, três locais que têm vindo a ser eleitos por muitos dos caldenses para se divertirem pelo Carnaval. Trata-se do Nadadouro, uma tradição com 24 anos que se mantém, os Bailes do Casino no Céu de Vidro, que também já levam anos de existência e as festas da ACDR Santo Onofre Monte Olivett, na zona industrial, a mais recente das três.
Gazeta das Caldas fez uma “ronda” pelos bailes de Carnaval das Caldas. Começámos no Céu de Vidro, uma opção sempre interessante para os caldenses, até por dispensar a condução nestes dias festivos. Além disso, há sempre a expetativa de que as obras para conversão dos Pavilhões do Parque em hotel arranquem.
Na tenda montada junto ao Céu de Vidro encontramos a dançar ao som de Bandaval (que atuaram nos dois dias) e os DJ’s M Simões (no sábado) e Beni (na segunda-feira), hippies, piratas e cowboys, palhaços e sheiks árabes, marinheiros e diabos.
Em dois dias de festa, os Bailes do Casino receberam milhares de pessoas, explicou-nos Filipe Vinhinha, do Centro Humanitário do Litoral Oeste Norte da Cruz Vermelha, entidade para quem reverte a receita das entradas (que têm um custo simbólico de dois euros).
Seguimos então para o Nadadouro, onde a tradição se mantém, com o mesmo registo de animação, embora longe das multidões de outros anos. Há bananas a dançar com morangos, há flamingos e há pintainhos a saírem dos seus ovos e a Lara Croft, numa grande animação, ao som da banda Linha d’Água e os DJ’s Diogo Santos e Joel Simão.
Rui Ventura, da associação, frisa que receberam 3000 pessoas e que correu dentro das perspetivas, embora quisessem uma afluência maior. “São 24 anos e há tradições que têm que se manter, temos pessoas que vêm há 20 anos cá”, referiu, recordando que este “foi um Carnaval que subiu a uma dimensão muito grande, 18 anos com a mesma banda” e que depois perdeu alguma procura. “Apostámos numa nova banda que se propôs a fazer o que queríamos, mantendo a tradição do nosso Carnaval, com as músicas e as marchas”, nota, apontando à decadência da noite no Oeste e pedindo ajuda às coletividades.
A última paragem faz-se na zona industrial, onde a banda Bico d’Obra animou musicalmente os foliões, antes das atuações dos DJ’s Mimoso (dia 28), Ricardo (dia 1) e Gabi (dia 2). Aqui encontrámos mecânicos, unicórnios, cientistas e até um anjo e um diabo a dançarem juntos.
João Pina, da associação, disse que as festas este ano correram bem, recebendo centenas de pessoas ao longo destes dias. No próximo ano a associação pretende fazer ainda mais dias de baile de Carnaval.
O fim do Carnaval, já após o fecho da edição, dá-se com o enterro do Entrudo, na Quarta-feira de Cinzas, organizado há vários anos pela mesma coletividade e que percorre as ruas da cidade, com as viúvas carpideiras na última despedida ao Carnaval.