Da Nazaré a Torres Vedras, uma “viagem” pelo Carnaval na região, que juntou milhares de pessoas
Os reis do Carnaval chegaram ao Largo de São Marcos (nas Gaeiras) na noite de 1 de março e, perante os presentes, fizeram o seu tradicional discurso, marcado pela sátira política, religiosa e social com maior enfoque nos acontecimentos ocorridos no ano de 2024, nomeadamente à polémica com a iluminação de Natal bem como aos principais investimentos autárquicos para a freguesia. O universo da Branca de Neve e dos 7 anões, deu o mote para o carro dos reis onde os 7 anões representam as 7 freguesias do concelho de Óbidos e a Branca de Neve personifica a Câmara Municipal. O mesmo carro alegórico também faz várias referências aos candidatos às Autárquicas 2025.
O acontecimento do “Repúdio à Iluminação de Natal” foi o tema central que esteve representado em dois carros alegóricos, um recriando a Crucificação de Jesus Cristo, onde Pilatos “ O Padre “, Jesus “Presidente da Junta”, Maria “Natália” sob o mote “Quem mandou colocar a iluminação de Natal? Crucifica-o! Crucifica-o!, o outro a Igreja Iluminada com vários rodapés da Gaeiras TV onde as personagens eram Padres e “Santas Paciências”.
A desfilar estava também o carro “Gaeiras a Vila das Maravilhas”, numa analogia ao conto “Alice no País das Maravilhas”, onde a cenoura do coelho representava as Autárquicas 2025, que levavam todos os projetos identificados para serem iniciados ainda este mandato.
O corso, que saiu à rua nas tardes de domingo e terça-feira, contou com seis carros alegóricos elaborados pela Junta de Freguesia das Gaeiras e a participação de cerca de 200 foliões. Antes, a 28 de fevereiro, o Carnaval “De Palmo e Meio”, que envolveu cerca de 250 crianças, foi festejado no pavilhão do Complexo Escolar do Alvito.
“Depois de termos retomado o Carnaval das Gaeiras no ano anterior, sentimos que o mesmo têm margem de crescimento e depende muito do envolvimento dos gaeirenses e de todos aqueles que gostam das Gaeiras. Afinal de contas já foi em tempos uma referência na nossa região e é esse o objetivo deste executivo, recuperar essa chancela e notoriedade”, disse o presidente da Junta, Ricardo Duque, à Gazeta das Caldas.
Sob o mote “Tá enjoade c’má pardela”, uma expressão típica local, o Carnaval voltou a sair à rua na Nazaré, com desfiles no domingo e terça-feira. Mais de mil figurantes e duas dezenas de carros desfilaram pelas ruas, exibindo o resultado de meses de preparação e dedicação.
Antes já tinha saído à rua o corso noturno, que animou as ruas da vila com carros alegóricos, marchas e grupos mascarados desfilando pela marginal.
Em Alcobaça as tardes e noites foram de “Folia Açucarada”, na tenda gigante colocada junto ao Mosteiro, onde não faltou a música e muita animação num encontro de gerações. A temática pretendeu adoçar os dias frios (e chuvosos) de inverno, com fantasias inspiradas em chefs e pasteleiros, bolos, doces e licores.
Em Peniche cerca de mil foliões distribuídos por 27 grupos, com oito carros alegóricos, desfilaram num percurso de quase três quilómetros, nas tardes de domingo e terça-feira. Depois do desfile a animação foi garantida pelo DJ Sudaka. Mas o programa de Carnaval começou no passado sábado com o assalto ao Carnaval, pelas ruas da cidade, com o Grupo ‘Caga-te Cão’. O dia terminou com o desfile noturno do Trio Elétrico Aja Alzira, com os foliões a dançar e cantar.
“50 Anos, 25 de Abril”, deu tema este ano à sátira social e política que caracteriza o Carnaval de Torres Vedras. Cerca de 1600 participantes, integrando mais de 30 grupos, compõem os corsos, diurnos e noturnos, num Carnaval que é também conhecido pela chegada dos Reis, a quem é entregue a chave da cidade, que “abre portas” para quatro dias de folia