Câmara de Peniche dividida com centro interpretativo na ilha das Berlengas

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O forte foi construído no século XVII, aproveitando o que restara do mosteiro construído na ilha no século anterior
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Os eleitos na Câmara Municipal de Peniche mostraram-se hoje divididos com a intenção do Governo em transformar o Forte de São João Batista, na ilha das Berlengas, em centro interpretativo ambiental, sentindo-se excluídos do processo.

Na reunião pública do executivo municipal, o presidente independente Henrique Bertino e os vereadores Ângelo Marques (PS) e Clara Abrantes (CDU) criticaram o Ministério do Ambiente por não ter comunicado ao município, nem à comissão de cogestão da Reserva Natural das Berlengas, as suas intenções.

“Estou deveras surpreendido pelo despacho da ministra do Ambiente, porque representa uma falta de respeito por estes órgãos e porque decide o que estes órgãos devem fazer sem falar com ninguém”, afirmou Henrique Bertino.

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Já Filipe de Matos Sales (PSD) referiu que Peniche “tem falta de afirmação à escala nacional” e que, ao longo do atual mandato autárquico, “não viu uma diligência” da câmara sobre este tema para justificar o desconhecimento da autarquia neste processo.

Para o social-democrata, a Associação Amigos da Berlenga, que gere o forte, deve ser envolvida no processo.

Apesar de reconhecerem que o forte “precisa de intervenção”, independentes e socialistas disseram que são contra a criação de um centro interpretativo na ilha da Berlenga, defendendo antes a sua localização na cidade de Peniche, tendo em conta a fraca procura de visitantes ao centro aberto em 2015 pela autarquia na ilha.

“Estamos a preparar uma candidatura com outros municípios do Oeste para um centro interpretativo da economia azul, a integrar a Reserva Natural das Berlengas”, sustentou ainda o presidente da câmara.

Já PSD e CDU defenderam o centro interpretativo face à “necessidade de investir na Berlenga e de reabilitar o forte” e à “oportunidade para valorizar o território e a procura turística”.

*Com agência Lusa

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