O novo centro de vacinação contra o coronavírus, no Pavilhão da Mata, começou a funcionar na passada semana, tendo-se registado, nestes primeiros dias, filas de pessoas à entrada do complexo
O novo centro de vacinação no Pavilhão da Mata, nas Caldas, começou a funcionar no dia oito de abril. O espaço permite multiplicar quase por cinco vezes o número de vacinas diárias que são administradas. É que atualmente a capacidade rondava as 150 inoculações diárias e agora são 700.
Este novo equipamento substitui os três postos de vacinação que funcionavam no centro de saúde. Neste espaço estão instalados nove postos de vacinação e uma zona de diluição das vacinas, além da área de recobro, mais espaçosa do que a que existia.
No início da pandemia o pavilhão tinha sido transformado num hospital de campanha, tendo agora sido adaptado. Foram substituídos vidros para permitir a entrada de mais luz e foi colocada nova sinalética entre outras melhorias.
O edifício para o novo centro de vacinação é cedido pela autarquia, que investiu cerca de 20 mil euros na adaptação do mesmo.
A par da cedência do espaço, a Câmara disponibilizou “cerca de uma dezena de colaboradores para apoiar na receção, vigilância, e encaminhamento das pessoas e também na limpeza”, explicou o presidente da Câmara, Tinta Ferreira.
O centro de vacinação irá servir as populações de Caldas e Óbidos, contando para tal com 10 enfermeiros, dois administrativos e um médico.
Imunidade até ao verão
Numa visita ao novo centro de vacinação, a diretora do ACES Oeste Norte, Ana Pisco, disse aos jornalistas que com este aumento do número diário de vacinações, estima que “até ao verão se possa atingir a imunidade de grupo, com 70% de pessoas vacinadas nos dois concelhos”.
Ana Pisco realça que “com todos os percalços que temos corrido, em termos, a nível do fornecimento e de outras situações que são conhecidas, temos de trabalhar muito para chegar à imunidade de grupo”. A mesma fonte realçou ainda que 100% dos lares estão vacinados, assim como os agentes da PSP e os bombeiros (parcialmente, ou seja, está cumprida a lista da tutela).
De acordo com a responsável, até ao final de março o número de pessoas vacinadas nas Caldas era de 5671. Destas, 3908 tinham mais de 80 anos e as restantes são utentes de lares, elementos das forças de segurança, professores e pessoal não docente. Já no concelho de Óbidos a vacinação já tinha chegado a 733 pessoas, das quais 384 acima dos 80 anos.
No ACES já foram administradas mais de 15000 vacinas. “Estamos praticamente a terminar a primeira fase e contamos na terceira semana de abril iniciar a segunda fase, com a vacinação por grupo etário”, afirmou a diretora do ACES.
Em relação à vacina da Astrazeneca, Ana Pisco admitiu que “há pessoas que estão receosas, mas também há quem não se importe”, salientou.
Comparativamente com a solução anterior considerou que aqui têm “melhores condições para o espaço do recobro”, até porque no centro de saúde o recobro era feito em vários espaços mais pequenos. “Agora queremos fazer a retoma normal das várias unidades”, disse.
Já sobre as filas de espera, esclareceu que as vacinas são marcadas ao minuto. “Quando chegámos às oito horas já havia gente à espera para começar a vacinar às nove”, contou, salientando que quanto mais pontuais forem as pessoas, menos terão de esperar. ■