O fado foi o grande vencedor da edição deste ano, que se focou principalmente na música
A apresentação de fado e guitarra portuguesa por parte de Íris Alfredo e Martim Marques, estudantes da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro, valeu à dupla a vitória na final do concurso Toma Lá Talento, que decorreu na noite de quinta-feira, dia 5 de junho, no palco do grande auditório do CCC.
Esta é uma iniciativa que “é muito mais do que um simples concurso, é uma plataforma de expressão, inclusão e valorização das capacidades dos jovens”, frisa Gina Costa, do Gabinete da Juventude da Câmara das Caldas, que promove a iniciativa. “Num tempo em que tantos enfrentam desafios relacionados com a autoestima, o futuro profissional ou a integração social, esta iniciativa oferece-lhes um placo de confiança, onde são ouvidos, reconhecidos e celebrados pelo que são e pelo que têm para oferecer”, acrescentou a mesma responsável.
O concurso do Toma Lá Talento começa com uma fase escolar, onde se apuram os finalistas para esta fase concelhia. Numa noite recheada de talento, foram apresentadas 16 atuações por parte de alunos de nove escolas do concelho. A tocar bateria, cavaquinho, piano ou instrumentos de sopro, com uma guitarra portuguesa ou uma guitarra elétrica, a cantar, a dançar, a fazer DJing ou a apresentar números de ilusionismo, cada um apresentou o que de melhor sabe fazer. E se, nalguns casos, se notava um completamente normal nervosismo, noutros viu-se o desfrutar destes momentos como artistas. Em comum, todos eles revelaram ter talento e coragem, atuando para mais de 600 pessoas.
No segundo lugar ficou Lívia Barbosa, da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, numa apresentação de canto e guitarra elétrica. A banda composta por Baltasar Gonçalves, Benjamim Tojal e Inês Henriques, da Escola Básica D. João II, fechou o pódio.
A dupla vencedora, que cantou “Lisboa Menina e Moça”, recebeu das mãos da vencedora de há três anos do Toma Lá Talento e que nesta edição fez parte do júri, Francisca Coutinho, o prémio no valor de 400 euros, cabendo aos segundo e terceiro lugares um cheque de 250 e 150 euros, respetivamente.
Este ano houve ainda duas menções honrosas, uma para Alicia Santos, da Escola Básica de Santa Catarina, que veio cantar e outra para as alunas do Colégio Rainha D. Leonor – Inês Marques, Maria Ferreira, Maria Sebastião, Mariana Clemente, Rafaela Bernardo e Elisabeth Verstraete, que subiram ao palco do CCC para cantar e dançar.
A vereadora com o pelouro da Educação, Conceição Henriques, disse que o Toma Lá Talento tem “uma história bonita” e que todos os anos conseguem surpreender. “Vamos continuar a suscitar esta vontade aos nossos jovens”, garantiu a autarca.
A mesma responsável destacou ainda que, não sendo palavras de circunstância, mais do que ganhar, importa a diversão e a aprendizagem que se retira de cada participação.
Já o presidente da Câmara das Caldas, Vítor Marques, recordou que o Toma Lá Talento evoca a figura de Zé Povinho e que se estão atualmente a celebrar os 150 anos da sua criação, que se mantém atual. E como, “destes jovens faz-se o nosso futuro, que tem que ser diferente do que é o nosso presente”, o autarca deixou também uma mensagem de uma canção que se mantém atual (“Somos Livres”: “uma criança dizia, dizia, quando for grande não irei combater”. Destacando a atitude e irreverência e demonstrando a sua confiança neles, deixou-lhes um desafio, que façam com que o mundo possa ser melhor.