Dóris Santos é a nova diretora do Museu Nacional do Traje

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Historiadora venceu concurso. Doutoramento, sobre a representação da Nazaré, foi distinguido com prémio nacional

A bombarralense Dóris Simões dos Santos vai dirigir Museu Nacional do Traje, em Lisboa. A investigadora, e colaboradora da Gazeta das Caldas, foi a escolhida num concurso público internacional conforme anunciou, no início desta semana, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
A historiadora de arte, que foi técnica superior no Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, entra em funções no próximo dia 1 de janeiro, substituindo no cargo José Carlos Alvarez, segundo fez saber a DGPC.
A coordenadora do Museu Dr. Joaquim Manso, no Sítio da Nazaré, cargo que desempenha há vários anos, foi também a vencedora da quinta edição do Prémio de Estudos em Cultura do Mar Octávio Lixa Filgueiras, promovido pelo Museu Marítimo de Ílhavo.
A obra distinguida, ‘Arte, museus e memórias marítimas. Identidade e representação visual da Nazaré’, resulta da tese de doutoramento de Dóris Santos, feita na Universidade Nova de Lisboa

De acordo com o júri, este trabalho académico “constitui um contributo muito relevante e inovador para os estudos de cultura marítima”. E ainda salientou “a solidez e qualidade do trabalho, os contributos que oferece para a museologia marítima e o estudo de caso, muito relevante, centrado na construção mítica da maritimidade da Nazaré, cujos discursos resultaram de múltiplos afluentes, das artes plásticas à literatura e ao cinema, passando pela cultura material da comunidade piscatória local e pelo papel reprodutor das elites”.
O prémio – no montante de 2.500 euros – visa distinguir autores de dissertações académicas ou trabalhos de investigação inéditos, sobre cultura marítima e fluvial. A quinta edição teve 16 candidaturas.
“É uma grande honra ter esta distinção do museu de Ílhavo que também integra leituras da arte em contextos marítimos”, disse Dóris Santos à Gazeta das Caldas.
A autora incluiu no seu estudo as representações da identidade nazarena feitas a por artistas ligados às Caldas, entre eles João Fragoso, Hansi Stael, Ferreira da Silva ou Mário Reis. A sua tese de doutoramento será publicada no âmbito da Coleção de Estudos de Museus, numa iniciativa editorial da Direção-Geral do Património Cultural em parceria com a editora Caleidoscópio. ■

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